
(Foto: Divulgação/Marvel)
Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. É um versículo bíblico, João 8:32. Em seu contexto original, é um trecho de uma série de lições que Jesus trata sobre o julgamento e o conhecimento dos homens, bem como eles deveriam confiar em Sua palavra. Enquanto cristã, não estou aqui para questionar a mensagem, mas vim para falar de Eternos e do que Chloe Zhao fez com esse filme, na verdade, todos os roteiristas.
É um simples longa-metragem. Tá, não tão simples assim, afinal tem uma fotografia belíssima, locações incríveis, uma trilha sonora bem pensada e cenas bem produzidas. A história também é contada com uma boa fluidez, as atuações eu sou suspeita para falar, porque amo todo mundo, mas conseguiu surpreender, emocionar e encantar na medida certa e, enfim, pessoalmente, eu acho o filme um primor em toda sua parte técnica e tudo mais.
Mas, eu gosto é das entrelinhas.
Pesquisando, li um artigo de 2019 que falava sobre a possibilidade de Eternos ser o primeiro filme... bíblico (?) da Marvel. E ele é. Ao menos pra mim, ele foi. Do meu ponto de vista, a produção, que é assinada por Chloé Zhao, Kaz Firpo, Ryan Firpo, Patrick Burleigh e Jack Kirby, consegue jogar com a mente do telespectador e colocar elementos e frases que podem mudar de tom a depender do contexto em que estão inseridos.
Por exemplo, a frase ali do início, João 8:32, está em uma cena específica do filme que fala sobre espalhar uma mensagem contrária ao que foram construídos e induzidos a acreditar por toda uma vida – e, no caso de Eternos, estamos falando de muitos milhares de anos. Ao contrário da premissa do contexto bíblico, sobre confiar e crer na palavra de Jesus, a proposta do filme é o inverso. O inverso do proposto. Confiar e crer na palavra de um deus até que ponto? Nesse caso, Arishem.
Eternos é um filme “bíblico” que questiona não a Bíblia, mas tudo que lhe foi convencionado ao longo dos anos. Religiosidade, principalmente. A confiança cega em algo que, em dado momento, por conta dos humanos (ou de um povo), se perdeu em seu propósito e essência. Uma missão que falava de amparo, auxílio, acolhimento e evolução, estava distorcida sob o aspecto de missão com violência e morte em prol do “bem maior”. Bem para quem e a custo do quê?
Assistir ao filme e pegar esses “ganchos religiosos” me fez lembrar dos meus porquês para algumas deciões que já tomei em relação a minha espiritualidade. Não que venha ao caso, mas os questionamentos me fizeram sentir que estou mesmo no caminho certo em como conduzo minha fé, digamos assim, ou a famigerada minha verdade, sem ir de encontro ao que eu acredito – pelo contrário, completamente alinhada às minhas crenças. No entanto, esse não é o ponto aqui… Voltemos.
Gosto de produções que me levam a questionar coisas maiores do que suas histórias. Não sei quantas pessoas vão compreender a mesma coisa ou da mesma forma, ou quantas vão achar que não tem nada a ver, mas…um deus, uma criação, haja luz, criaturas corrompidas e destituídas do lugar em que viviam, um “céu”, as profundezas e um “meio-termo” – o planeta Terra; tudo isso não soa... familiar?
Não sei até que ponto a crítica se dissociou do enredo do filme, mas a achei válida e pertinente. É necessário questionar certas coisas e condutas. Não vale tudo em nome da religião – ou do seu ideal e propósito. É preciso ter a sensibilidade de saber quando parar e olhar a situação com outros olhos. Se tratando de religião mesmo, a regra maior é Amor e Amar e violência é o contrário disso. E quanto a Eternos, bom, aí só assistindo para ver no que deu.
É um simples longa-metragem. Tá, não tão simples assim, afinal tem uma fotografia belíssima, locações incríveis, uma trilha sonora bem pensada e cenas bem produzidas. A história também é contada com uma boa fluidez, as atuações eu sou suspeita para falar, porque amo todo mundo, mas conseguiu surpreender, emocionar e encantar na medida certa e, enfim, pessoalmente, eu acho o filme um primor em toda sua parte técnica e tudo mais.
Mas, eu gosto é das entrelinhas.
Pesquisando, li um artigo de 2019 que falava sobre a possibilidade de Eternos ser o primeiro filme... bíblico (?) da Marvel. E ele é. Ao menos pra mim, ele foi. Do meu ponto de vista, a produção, que é assinada por Chloé Zhao, Kaz Firpo, Ryan Firpo, Patrick Burleigh e Jack Kirby, consegue jogar com a mente do telespectador e colocar elementos e frases que podem mudar de tom a depender do contexto em que estão inseridos.
Por exemplo, a frase ali do início, João 8:32, está em uma cena específica do filme que fala sobre espalhar uma mensagem contrária ao que foram construídos e induzidos a acreditar por toda uma vida – e, no caso de Eternos, estamos falando de muitos milhares de anos. Ao contrário da premissa do contexto bíblico, sobre confiar e crer na palavra de Jesus, a proposta do filme é o inverso. O inverso do proposto. Confiar e crer na palavra de um deus até que ponto? Nesse caso, Arishem.
Eternos é um filme “bíblico” que questiona não a Bíblia, mas tudo que lhe foi convencionado ao longo dos anos. Religiosidade, principalmente. A confiança cega em algo que, em dado momento, por conta dos humanos (ou de um povo), se perdeu em seu propósito e essência. Uma missão que falava de amparo, auxílio, acolhimento e evolução, estava distorcida sob o aspecto de missão com violência e morte em prol do “bem maior”. Bem para quem e a custo do quê?
Assistir ao filme e pegar esses “ganchos religiosos” me fez lembrar dos meus porquês para algumas deciões que já tomei em relação a minha espiritualidade. Não que venha ao caso, mas os questionamentos me fizeram sentir que estou mesmo no caminho certo em como conduzo minha fé, digamos assim, ou a famigerada minha verdade, sem ir de encontro ao que eu acredito – pelo contrário, completamente alinhada às minhas crenças. No entanto, esse não é o ponto aqui… Voltemos.
Gosto de produções que me levam a questionar coisas maiores do que suas histórias. Não sei quantas pessoas vão compreender a mesma coisa ou da mesma forma, ou quantas vão achar que não tem nada a ver, mas…um deus, uma criação, haja luz, criaturas corrompidas e destituídas do lugar em que viviam, um “céu”, as profundezas e um “meio-termo” – o planeta Terra; tudo isso não soa... familiar?
Não sei até que ponto a crítica se dissociou do enredo do filme, mas a achei válida e pertinente. É necessário questionar certas coisas e condutas. Não vale tudo em nome da religião – ou do seu ideal e propósito. É preciso ter a sensibilidade de saber quando parar e olhar a situação com outros olhos. Se tratando de religião mesmo, a regra maior é Amor e Amar e violência é o contrário disso. E quanto a Eternos, bom, aí só assistindo para ver no que deu.
Ide ao mundo e pregai o Evangelho. Daí a Marvel foi lá e fez – mais (e melhor) do que muita gente.
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