(Imagem: Warner Bros./Divulgação)
Tido como impossível de se adaptar à sétima arte, Duna ganha sua segunda chance na telona. Sua primeira incursão nos cinemas foi nas mãos do grande David Lynch, em 1984, onde para a época o diretor conseguiu adaptar vários conceitos que para muitos seria impossível. Mas, devido a interferência dos produtores, o filme acabou tendo várias ideias do diretor cortadas e o final não foi de agrado geral. Agora, 37 anos depois, quem tem a grande tarefa de adaptar a obra é Denis Villeneuve, diretor de produções como A Chegada e Blade Runner 2049.
Tendo seu lançamento inicial programado para novembro de 2020, o filme foi adiado devido a pandemia da covid-19 e acabou sendo lançado quase um ano depois, em 22 de outubro de 2021. Hoje, dia 26 de novembro, ele tem estreia mundial na plataforma de streaming HBO Max.
O filme adapta a obra de Frank Hebert, que compõe um grande universo literário, e aqui temos a ponta de todo esse iceberg. Em um futuro distópico, onde o planeta Terra não é mais habitado, o duque Leto Atreídes (Oscar Isaac) aceita o governo do planeta Arrakis, um perigoso mundo onde a mais valiosa substância, Melange, é adquirida de forma única. Essa droga promove a aceleração do pensamento e o prolongamento da vida humana. Quem consome essa droga tende a ter alterações nas cores dos olhos a cada dose do consumo, chegando a tê-las totalmente mudadas se forem consumidos de forma exagerada.
Por mais que ele saiba que tudo isso não passa de uma armadilha de seus inimigos, mesmo assim ele vai ao planeta Arrakis, conhecido como Duna, com sua esposa Lady Jessica (Rebecca Fergunson) e seu único filho Paul Atreídes (Timothée Chalamet). Lá, ele assume o controle das operações de minério da especiaria, mas quando menos o duque espera, ele é traído e sua vida e de sua família é virada de cabeça pra baixo, tendo que escapar para o deserto e enfrentar a perigosa presença dos vermes de areia gigantes e outros perigos ainda mais violentos.
Após a esse ataque, Paul e sua mãe têm que lutar pela sua sobrevivência e tentar lidar com o fato dele ser o grande messias de uma profecia que irá garantir a sobrevivência de seu povo. O garoto, ao longo do filme, começa a desenvolver suas habilidades físicas e mentais, tal qual, herdadas pela sua mãe.
O filme intercala em momentos extremos de contemplação ao de grandes cenas de ação. Com uma obra que já nasceu pra ser épica, o filme abusa de grandes efeitos especiais e de um elenco que está afiado em seus respectivos papéis. O primeiro filme de Duna (sim, já foi confirmado uma sequência), adapta apenas a primeira parte do livro de Hebert e não entrega muito, mas pavimenta um grande espaço onde muita coisa pode acontecer.
Duna se apropria do cargo de grande filme de ficção cientifica de 2021 e, com toda certeza, ganhou vários fãs com sua história, além de trazer um interesse novo pela saga do tempero que prolonga a vida. O filme é belíssimo e você se interessa em saber o que vai acontecer a todo momento. Você fica imerso naquela fantasia trazida por aquele roteiro. Nada é por acaso, e tudo ali é feito minuciosamente de forma muito bem trabalhada que conquista o espectador. O protagonismo do Chalamet é travado de forma pavimentada de um garoto herdeiro em um jovem que é entregue a jornada do herói, já visto em outras obras como Star Wars, por exemplo. O elenco do filme ainda conta com nomes como Zendaya, Jason Momoa, Josh Brolin, Stellan Skarsgârd, Javier Bardem, entre outros.
Aliás, quem espera uma presença grande do personagem da Zendaya, Chani, pode se decepcionar. Ela aparece bem pouco e o destaque dado a atriz no trailer se deve ao seu nome de peso e não ao do personagem. O papel da Chani deve ser mais trabalhado em sua sequência, visto que ela é o interesse amoroso do nosso protagonista.
Nota: 9/10
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