LISTA: cinco séries com protagonismo não-branco para sair da caixinha

(Foto: Netflix/Reprodução)

Tudo que assistimos, lemos e ouvimos está diretamente relacionado ao modo como enxergamos o mundo ao redor e também quem somos nele. Por isso que, atualmente, tanto se fala em representatividade e em como ela é importante, principalmente quando se está do lado que é pouco visto nas produções – e na sociedade. É por isso que, para ajudar a aumentar esse repertório fora do padrão, eu reuni uma lista com cinco séries com protagonistas não-brancos para todos os gostos nesse Dia da Consciência Negra.

#1 Lupin (Netflix)

A série Lupin é baseada nos livros escritos por Maurice Leblanc, Arsène Lupin. O protagonista, Assane Diop, é um ladrão descrito como gentil que deseja se vingar de uma família rica que cometeu uma injustiça, anos atrás, contra o pai dele. Os fãs do personagem o consideram como um Robin Hood moderno. A série francesa é dividida em duas partes, com cinco episódios cada. As duas temporadas tiveram estreia esse ano e a terceira parte está sendo gravada em Paris atualmente pela Netflix.


(Foto: Netflix/Divulgação)

#2 On My Block (Netflix)

A série retrata jovens latinos moradores de um subúrbio norte-americano, inseridos numa realidade de classe mais baixa e em meio a uma guerra entre gangues locais. Apesar de tratar assuntos pesados e dos mais variados, que vão desde relações amorosas a tráfico de drogas, OMB mantém o discurso leve, que intercala o cômico e o sério, nos presenteando com uma produção incrível para toda a família. A série já está finalizada na plataforma, inclusive falei da última temporada dela aqui, e em breve sairá um spin-off, sob o título de Freeridge.


(Foto: Netflix/Divulgação)

#3 Eu Nunca (Netflix)

Com uma protagonista indiana (e elenco super diversificado), a série traz o cotidiano da jovem Devi, que está ingressando no último ano do colegial e, junto com as amigas, decide alcançar alguns objetivos como: ser mais popular e arranjar um namorado. Com humor, Eu Nunca consegue debater questões familiares, culturais e feministas, além de possuir também uma estética muito apaixonante, com muitas cores e referências de moda (e da cultura pop) sensacionais! A série tem duas temporadas e, em breve, a terceira estará entre nós – assim torcemos!


(Foto: Netflix/Reprodução)

#4 Olhos Que Condenam (Netflix)


O caso dos Cinco do Central Park é considerado uma das maiores injustiças dos Estados Unidos e é a referência de Ava DuVernay para a minissérie original da Netflix. O crime, acontecido na década de 80, levou quatro jovens negros a serem presos injustamente acusados de estuprar uma mulher no Central Park. Na época, os policiais manipularam os quatro dos cinco jovens indiciados a se acusarem, o que os levou a passarem anos presos por um crime que não cometeram. Na série, a roteirista busca humanizar esses personagens e apontar os mais diversos erros causados pelo racismo nesse caso – desde a acusação, e manipulação, até a influência da mídia em levar a opinião pública a julgar os jovens sem provas. Cada episódio mostra o processo de julgamento e prisão de um dos meninos e, por fim, a série traz um salto temporal para acompanhar a saída deles do reformatório e penitenciária.


(Foto: Netflix/Reprodução)

#5 Grand Army (Netflix)

Mais uma série adolescente, sim. Mas, com uma abordagem muito firme e necessária. Os principais assuntos abordados na série são preconceito, principalmente o racial, sexualidade e lutas de classe. Com esse ar de militância, mas um diálogo acessível, Grand Army se propõe a levantar questões que já deveriam ter sido pautadas há muito tempo – evitando anos de atraso social. Inclusive, a série contém gatilho de abuso sexual e deve ser assistida com cautela. Como protagonistas, temos cinco jovens do subúrbio americano, dois deles sendo negros. Apesar de perceber uma leve diferença de tempo de tela com relação a eles, o discurso trazido pela série consegue se destacar e fazer com que ela valha a pena.


(Foto: Netflix/Reprodução)

Séries como as listadas acima possibilitam fazer com que uma parte da sociedade que jamais se percebeu nas produções televisivas não só se enxergue, como também apresente suas questões e faça com que a gente fale sobre essas vivências no nosso dia-a-dia (enquanto nos divertimos com uma boa série!). 

E aí, já preparou a pipoca? :)









Beatriz de Alcântara
Beatriz de Alcântara

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