REQUENTADOS: Tudo acontece em Elizabethtown (2005)

(Foto: IMBD/Divulgação) 

Todos nós já tivemos que lidar com o fracasso em algum (ou muitos) momento da vida. E é seguindo aquela premissa de que há males que vem para o bem que Drew (Orlando Bloom) conhece Claire (Kirsten Dunst) no enredo de Elizabethtown.

O filme, dirigido por Cameron Crowe, não nega a quem pertence com sua forte trilha musical, que conta com nomes como Tom Petty, Elton John, The Temptations e U2, e enredo melancólico sem se perder nas construções das relações – com foco maior nos diálogos e na presença do que necessariamente no toque físico.

Quando falo de fracasso, é porque esse é o ponto de partida da história em Elizabethtown. Depois de causar um prejuízo bilionário à empresa em que trabalhava, Drew decide cometer um suicídio. Ele planeja, estrutura e quase chega aos finalmente, até que um telefonema muda toda a situação. O pai dele morreu. A partir desse momento, o personagem de Orlando Bloom precisa sair de casa e tomar as rédeas da família no que se refere às decisões de funeral, velório e sepultamento do patriarca.

E, tudo isso, implica em voltar a Kentuchy, cidade natal de seu pai e lugar que ele visitava antes de morrer (e a gente sabe bem como pode ser desconfortável certas reuniões familiares, né).

Durante o voo, Drew conhece a comissária de bordo Claire, extremamente tagarela (e fofa). É ela quem lhe orienta no caminho até Elizabethtown através do desenho de um mapa. Esse, inclusive, parece um detalhe muito bobo, mas é a chave para a cereja do bolo no final do filme. A dupla parece que não vai se reencontrar mais, mas Claire não está tão disposta assim a deixar que a interação entre eles se resuma àquele voo.

Na justificativa de ter um namorado ausente, Claire busca estar presente na vida de Drew durante esse momento complicado, ouvindo e ajudando da maneira que pode. Enquanto isso, ele vai conhecendo as pessoas do passado do seu pai, escutando as histórias e reconhecendo quem era aquele homem.

No fim das contas, o filme fala muito mais sobre o luto e as relações afetuosas do que qualquer outra coisa. Ele apresenta as várias formas de sentir, como as coisas podem e são diferentes para cada pessoa e como isso não anula o tal do sentimento. E, como dito no início, ele traz nas cenas finais um compilado de músicas sensacionais que só melhoram a experiência.

Elizabethtown é uma cidade do interior, com aspecto acolhedor e que a maioria das pessoas cresceram juntas e se conhecem. Dá vontade de visitar, de dividir momentos por lá e o filme acaba te proporcionando isso, de certa forma.

Onde assistir?
Telecine Play.

Saiba mais: no episódio #25, da série Por Dentro do Streaming: Globoplay e Telecine Play, tem indicação de Eliuzabethtown e mais detalhes.

Beatriz de Alcântara
Beatriz de Alcântara

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