RESENHA: Exército de Ladrões: Invasão da Europa



(Foto: Divulgação/Netflix) 

Dando sequência ao universo criado por Zack Snyder em Army of the Dead: Invasão em Las Vegas, o novo filme da franquia, Exército de Ladrões: Invasão na Europa, utiliza um dos personagens preferidos dos fãs para contar uma história que funciona por si só, o que pode servir como uma porta de entrada para novos espectadores.

No longa, conhecemos a origem do Ludwig Dieter (Matthias Schweighöfer) quando ele ainda utilizava o nome Sebastian, um bancário alemão que tem por hobby arrombar cofres. A vida dele começa a mudar quando conhece Gwendoline (Nathalie Emmanuel), uma mulher misteriosa que apresenta a ele a oportunidade de ficar cara a cara com os cofres mais seguros da Europa com o intuito de roubá-los. O apocalipse zumbi ainda está no início, tornando-se apenas um pano de fundo para o roteiro trabalhar o desenvolvimento e as motivações do Dieter.

Matthias Schweighöfer, além de protagonizar, também é o diretor do filme, fazendo um bom trabalho ao apresentar os personagens mais recorrentes de forma dinâmica, emulando de certa forma os videogames. A montagem é outro destaque, principalmente nas passagens pelas diversas cidades. Ligando com o Army of the Dead temos apenas easter eggs, como o nome dos cofres, passagens na tv sobre o que aconteceu em Las Vegas e uma breve citação sobre o Bly Tanaka. O objetivo é contar uma história diferente, focado bem mais na comédia, romance e cenas de assalto.

Algo que pode afastar um pouco a audiência é o fato do filme, por muitas vezes, não se levar a sério. Pode ser algo intencional, quase quebrando a quarta parede em alguns momentos, porém, isso nunca fica muito claro, deixando a impressão de que não acertaram no tom do humor. Por já ser conhecido, as piadas repetidas e trejeitos engraçados do Ludwig funcionam. A personalidade estabanada que conquistou o público continua ali. O que incomoda é quando quase todo novo personagem apresentado, excluindo a Gwendoline, são meio bobões e exageradamente caricatos. Não é criada uma conexão com a nova equipe e nem com a motivação dos antagonistas. Os diálogos também não ajudam, impossibilitando uma maior identificação com a história.

O longa flerta em falar sobre relacionamento abusivo, dando um bom desfecho nesse tema, mas passando longe de ser o assunto central. O foco mesmo são nas cenas de roubo e arrombamento dos cofres, mostrando o que já vimos de melhor em filmes de assalto. Apesar de clichê, as sequências assumem uma escalada de emoções cada vez que as dificuldades se intensificam, tornando até mesmo a visão dentro das engrenagens de um cofre, empolgante. Fazendo vista grossa para os furos de roteiro e sabendo que o patamar mais alto da franquia ainda pode ser alcançado, Exército de Ladrões: Invasão na Europa é um bom passatempo que consegue animar o espectador.

Nota: 7/10

Onde assistir? Netflix
Micael Menezes
Micael Menezes

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