(Foto: Universal Pictures/Divulgação)
Desde que eu assisti ao trailer de Last Night in Soho, traduzido como Noite Passada em Soho aqui no Brasil, me senti muito atraído por toda aquela dinâmica apresentada em poucos minutos de vídeo. Não soube muito do que se tratava mas, ao ver, sabia que viria algo muito interessante por aí. Ao visitar a ficha técnica do filme, vi que tinha sido dirigido e escrito pelo Edgar Wright, nome muito apreciado por mim, devido a obras como Scott Pilgrim Contra o Mundo de 2010 e o mais recente, Baby Driver (2017).
Estrelado por Anya Taylor-Joy, Matt Smith, Thomasin McKenzie, Diana Rigg, Terence Stamp, entre outros, o filme traz um terror psicológico com toques sobrenaturais que deixa você preso do início ao fim. Thomasin interpreta nossa protagonista Eloise, que tem o sonho de trabalhar com moda e sai de sua cidade natal para realizar seu sonho na cidade grande, onde consegue uma vaga em um dos cursos de design de moda da cidade. Tudo vai normal na vida da garota, a não ser pelo fato que ela possui um estranho sexto sentido que a leva a ter visões de sua falecida mãe. Outro grande motivo de estranheza é que, ao se mudar para uma casa nova, Eloise começa a ser transportada para a Londres de 1966 e encarna no corpo da cantora Sandy, interpretada por Taylor-Joy.
Ao fazer essas “viagens no tempo”, a jovem Eloise acaba entrando em um mundo que ela não domina muito, onde as coisas não são bem o que parece e todo aquele glamour é para cobrir toda a sujeira que envolve aqueles personagens. Quanto mais a personagem vai se envolvendo nessa trama, mais ela vai chegando ao seu limite e todos ao seu redor, inclusive nós, começamos a duvidar da sua sanidade.
As inspirações desse filme são banhadas aos estilos dos anos 60 e 70, assim como o giallo que eu já citei aqui antes. As cenas com o neon forte e as cenas de morte tendo o foco na arma do crime, fora a investigação para saber “Quem matou?”, tudo isso grita cinema giallo italiano. Além disso, o filme tem inspirações em terrores britânicos, como o caso do ótimo Inverno de Sangue em Veneza, de 1973 e Repulsa ao Sexo, do Roman Polanski. A trilha sonora do filme foi muito bem trabalhada aqui e a fotografia faz você se questionar em qual momento histórico você está, em qual vida da protagonista você se encontra.
Devo apontar aqui que os personagens principais são bem trabalhados, porém os coadjuvantes são incrivelmente irritantes. Tem um grupo de mean girls que me fazia revirar os olhos a todo o momento e me perguntei por qual motivo aqueles personagens existiam, pois não acrescentaram em nada. Inclusive, é um dos meus pontos negativos junto com o que eu considero a barriga do filme. Teve alguns momentos que, pra mim, foi meio arrastado, o que atrasou o ritmo do filme.
Em contrapartida, a Anya Taylor-Joy mais uma vez entregou talento em suas performances, fazendo você ficar vidrado em seu tempo de tela. A mesma coisa pode ser dito de sua outra face no filme, a Thomasin McKenzie é um nome a se vigiar, pois ela se entregou de corpo e alma aqui. Matt Smith e Anya tiveram química imediata e ver eles em cena era deleite puro. Diana Rigg, nossa eterna Lady Olenna Tyrell da icônica série da HBO, Game of Thrones, tem um papel importante no filme e entrega tudo quando lhe dão a oportunidade. Infelizmente perdemos ela em 2020, antes do filme chegar aos cinemas, sendo esse seu último.
No geral, Noite Passada em Soho faz um trabalho de qualidade que, tirando os dois fatores dito acima, é um filme bem legal. O último ato do filme traz uma reviravolta que, por mais que em alguns aspectos possa soar previsível, foi um trabalho muito bem executado. É uma película de várias facetas e ele entrega tudo muito bem.
Nota: 8/10
No geral, Noite Passada em Soho faz um trabalho de qualidade que, tirando os dois fatores dito acima, é um filme bem legal. O último ato do filme traz uma reviravolta que, por mais que em alguns aspectos possa soar previsível, foi um trabalho muito bem executado. É uma película de várias facetas e ele entrega tudo muito bem.
Nota: 8/10
Assista ao trailer a seguir:
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