
(Foto: HBO Max/reprodução)
Como eu contei pra vocês na semana passada, sou uma fã assumida de Sex and The City e estava com a ansiedade gritando para o revival, And Just Like That. Dito isso, eu não consegui esperar o fim da temporada inteira e já vim deixar minhas impressões dos dois primeiros episódios, lançados no último dia 09.
Adianto que, a partir daqui temos spoilers.
O primeiro episódio começa com as amigas juntas numa espécie de reencontro que devem fazer sempre ao longo desses anos de intervalos entre a série, os dois filmes e o revival – uns dez, por aí. O roteiro já aproveita essa primeira deixa para explicar a ausência de Samantha Jones, interpretada por Kim Cattrall nas produções anteriores, que não retornou para And Just Like That (tretas com a SJP, falei mais disso no Requentados).
Saiba mais: leia o Requentados sobre a série Sex and The City.
Sobre essa justificativa, achei razoável e ao mesmo tempo inconcebível. Foi legal não terem, sei lá, matado a personagem, mas a julgar pela personalidade da Samantha que conhecíamos, ela jamais abandonaria as amigas sem nenhum tipo de contato por mero trabalho, sabe?! Mas ok, engolimos e seguimos o baile.
A sensação ao assistir os primeiros episódios do revival foi de revisitar uma antiga casa, que foi remodelada para ficar mais moderna, sem perder o conforto e a energia aconchegante. Sex and The City aproveitou a oportunidade para corrigir erros do passado, em relação ao social e ao politicamente correto, e encontra as brechas para dialogar sobre essas questões à medida que nossas protagonistas vão aprendendo – afinal, elas faziam parte daquela realidade machista e racista dos anos 90 e estão se adaptando aos debates contemporâneos.
Depois do breve encontro das amigas, descobrindo o que elas estão fazendo da vida: Carrie com seu podcast, Miranda com o mestrado e Charlotte sem aceitar a idade chegando, vamos de fato a vida pessoal de cada uma delas.
A primeira é a Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker), é claro. Ainda casadíssima com John James Preston, mais conhecido como Mr. Big (Chris Noth), ela segue morando no apartamento que conhecemos nos filmes de SATC. Big, mais grisalho do que nunca, está basicamente aposentado e configura bem o bon vivant da terceira idade, cozinhando, apreciando bons vinhos e passando o tempo entre leituras, programas de tv e exercícios físicos.
Em seguida, nos deparamos com a Miranda Hobbes (Cynthia Nixon) que decidiu remar contra a maré do Direito corporativista que integra o sistema e todos os seus preconceitos – ela mesma foi vítima do machismo em diversas situações – ingressando no mestrado ligado aos direitos humanos e igualdades sociais. Também firme e forte com Steve (David Eigenberg), este agora possui problemas auditivos, e o Brady (Niall Cunningham) tá um homão! Eu fiquei muito chocada, porque assistindo a série a gente literalmente vê esse menino ser gerado, acompanhamos a gravidez, o nascimento, ele crescendo nos filmes e agora, simplesmente ele é um homem feito – e meio irresponsável.
Por fim, mas definitivamente não menos importante, chegamos a casa dos Goldenblatt. Charlotte (Kristin Davis) também segue casada com o Harry (Evan Handler), que ela conheceu na quinta temporada de SATC, com suas duas filhas Lily (Cathy Ang) e Rose (Alexa Swinton), agora crescidas. Lily deve estar na faixa dos 15 anos e a Rose com seus 13, mais ou menos. A Lily é um doce, é gentil, educada, se parece muito com a mãe no estilo, em questão de moda, e na personalidade. Já a Rose tende ao Harry, meio revolucionária, rebelde, ousada e curiosa. Eu amei ver essas duas grandes também, o sentimento é o mesmo do Brady, mas no caso delas as conhecemos um pouco depois (já nos filmes).
Tá tudo indo bem, vemos os dilemas familiares, os erros e acertos da Miranda em sua nova realidade, a Carrie enfrentando seus pudores no podcast, as relações mais maduras e ainda assim com todo aquele charme e encanto que conhecemos. Contudo, o primeiro episódio termina jogando uma bomba no nosso colo. O Big tem um ataque cardíaco após uma série de exercícios e, ~do nada, morre. E mais, morre nos braços da Carrie.
(Eu fiquei gritando daqui pra ela chamar uma ambulância, juro!)
Esse é o gancho para o segundo episódio, que gira em torno do funeral. É muito bizarro ver a morte do Big, porque conhecemos ele desde o primeiro episódio da primeira temporada de Sex and The City. Gostemos ou não, ele é alguém que está ali desde sempre e agora simplesmente não está mais. É triste e doloroso ver o sofrimento da Carrie, se perguntando o que será de sua vida agora…
A sequência mostra as amigas, Charlotte e Miranda, se dividindo nos cuidados com a recém-viúva, enquanto além de lidar com o luto, ela precisa resolver as burocracias.
Pulando esses detalhes técnicos, na cena do funeral a Carrie deixa bem claro que não quer flores no velório mas, ao chegar lá, encontra um arranjo imenso em cima do caixão de Big. Indignada, ela questiona o porquê está ali e as cerimonialistas (?) avisam que ela pode tirar, mas antes entregam o cartão: “Love, Samantha”. Ela só precisou de duas palavras para se fazer presente e aquecer o coração dos fãs, sério! Eu fiquei emocionada, porque é algo que certamente a SJ faria. Ela não é do tipo que vira as costas, entende?
(Apesar da surpresa com a morte do Big logo no primeiro episódio, o arco do personagem já estava previsto para se encerrar há algum tempo. Quando se especulava o terceiro filme da franquia SATC, o falecimento do Big já era confirmado, então eles só adiaram um pouco mais até And Just Like That…)
Eu me encontro em estado de ansiedade máxima para os próximos episódios. Quero ver como vai ser o desenrolar desse novo capítulo da vida da Carrie e de suas amigas. Rever esses rostos familiares, essas histórias que tanto amo, foi um ótimo presente nesse fim de ano. Dentre as minhas maiores expectativas para esse revival: o retorno de Aidan Shaw. O ator John Corbett está presente na produção e eu tô curiosa para saber se vão, finalmente, dar o devido romance à Carrie e Aidan ou se vão manter a amizade dos dois apenas.
Além disso, fica aqui minhas menções honrosas aos looks, mantendo o padrão SATC de moda; à Rose (estilosa e destemida!!!!) e a Lily (encantadora e elegantérrima!!!); à Sara Ramirez como Che, apresentadora do podcast junto com a Carrie e o comediante Bobby; à professora do mestrado da Miranda, a Nya (Karen Pittman); e, por fim, à futura aparição de Aidan. Ah, também ao saudoso Willie Garson, que fez o Stanford e faleceu esse ano (estranho demais vê-lo no funeral do Big), e ao Mario Cantone, que faz o Anthony, casado com o Stannie. Steve e Harry continuam incríveis também.
Onde assistir? HBO Max
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Compartilha sua opinião! ♥