
(Foto: Divulgação/Warner Bros. Pictures)
"Todos nós tínhamos um pequeno sonho. E quando se tratava de sonhos, a gente tinha que continuar ralando" (In The Heights, 2021).
2019, 2020 e 2022 possuem em comum o fato de que aproveitei o mês de janeiro para mudar de casa. Gosto de começar o ano com uma transformação como essa, porque geralmente representa o encerramento de um ciclo para o início de outro. Caminho para uma nova fase na minha vida, com novas e maiores responsabilidades, mas com uma vontade imensa de me jogar nessa aventura, de viver tudo que esse novo vai me possibilitar e até mesmo com uma coragem, ainda que amedrontada, de encarar todos os desafios que sei que virão. Mesmo sem grandes poderes, grandes responsabilidades causam um frio na barriga.
E, quando a gente pensa no futuro, também é inevitável olhar para trás, ver tudo que já caminhou para chegar até aqui, todas as rotas traçadas e recalculadas, tudo que mudou nesse meio tempo, toda a bagagem que se adquiriu. No meu “olhar para trás” tem algumas mudanças de endereço (de casa, de cidade, de estado), alguns medos superados, alguns desafios que me fizeram repensar coisas, muitas risadas espalhadas, algumas viagens, amigos, compras, boletos e, mesmo com tudo que mudou ou se adaptou, o meu lado sonhador sempre se manteve de pé – ainda que fosse nas pastas do Pinterest, nas pequenas compras.
Sei que vou sentir muita falta da rotina na companhia da minha amiga, que há três anos divide muito perrengue e muita coisa boa comigo, mas, ao mesmo tempo, me sinto muito feliz por poder dar mais um passo em algo que sempre quis muito. E, assim como o Usnavi, de In The Heights, estou conquistando meu El Sueñito (pequeno sonho, na tradução literal) – ou parte dele.
O filme, traduzido no Brasil para Em Um Bairro de Nova York, acompanha uma comunidade latina que compõem o bairro Washington Heights, na cidade de Nova York, nos Estados Unidos. No bairro, todo mundo possui sua própria história, mas com todas as famílias interligadas de alguma forma – dona Claudia é o principal elo. Contudo, acima das histórias, cada um possui seu próprio sonho e essa é a premissa do enredo. Qual o seu El Sueñito?
Usnavi, interpretado pelo Anthony Ramos (de Hamilton), é o protagonista, e desenvolve sua história contando, principalmente, com Vanessa (Melissa Barrera), Nina (Leslie Grace) e Benny (Corey Hawkins). Outros personagens como Sonny (Gregory Diaz IV), Carla (Stephanie Beatriz, de Brooklyn 99 e Modern Family), Daniela (Daphne Rubin-Vega), Claudia (Olga Merediz) entre outros, também participam da história e da vida do protagonista.
Usnavi tem o sonho de voltar para a República Dominicana, seu país de origem. Vanessa quer sair de WH e ir morar no Centro para se tornar estilista. Benny deseja ser reconhecido por seu trabalho. Nina é conhecida por ser “aquela que saiu”, que “foi mais longe”, por ter ido estudar em Stanford, na Califórnia, mas ela tem o desejo de voltar. Sonny sonha em poder se formar e transformar o mundo em um lugar mais justo. E, enfim, cada personagem tem um sonho e corre atrás de realizá-lo no filme, mas o diálogo do roteiro vai mais além, fala sobre pertencimento, sobre encontrar seu lugar, sobre aprender onde pode ser e onde é verdadeiramente o seu lar, sobre reconhecer suas raízes e entender as razões por trás do sonho.
Além de tratar desse aspecto, In The Heights ainda é um longa que fala sobre gentrificação, racismo e latinidade. Eu sou apaixonada por histórias que tratam de representatividade e com esse filme não foi diferente. A produção é um musical, que originalmente é uma peça teatral da Broadway, escrita e protagonizada por Lin-Manuel Miranda (criador e protagonista de Hamilton). A direção do filme é de Jon M. Chu (diretor de Podres de Ricos) e todas as músicas também são do Lin-Manuel – que faz participação no filme como o Piragua Guy, mais conhecido como o tio da raspadinha de gelo.
Espero que a coluna de hoje tenha feito sentido por aí, mas, de qualquer forma, se nada do começo do texto deu pra assimilar, assiste ao filme que eu sei que ele vai te abraçar e aquecer de maneira única. O musical está disponível no HBO Max.
Ah, e como não pode faltar um comentário sobre pontos técnicos: as coreografias são incríveis, a fotografia deixa tudo mais bonito e fortalece o aspecto lúdico que o filme quer passar (não de infantil, mas de alcançar o utópico, como se estivéssemos sonhando). Outro ponto que eu amo demais é o figurino, mais cor, mais representatividade e a personalidade de cada personagem transparecendo pelo seu vestuário.
Ps: tudo que o Lin-Manuel toca vira hit, meu Deus. Assistam também Hamilton (Disney+) e tick, tick…BOOM! (Netflix). Podem me agradecer depois hihi.
Saiba mais: #12 Hamilton, Mamma Mia, High School Musical e outros musicais
Leia também: RESENHA: tick, tick... BOOM!
E, quando a gente pensa no futuro, também é inevitável olhar para trás, ver tudo que já caminhou para chegar até aqui, todas as rotas traçadas e recalculadas, tudo que mudou nesse meio tempo, toda a bagagem que se adquiriu. No meu “olhar para trás” tem algumas mudanças de endereço (de casa, de cidade, de estado), alguns medos superados, alguns desafios que me fizeram repensar coisas, muitas risadas espalhadas, algumas viagens, amigos, compras, boletos e, mesmo com tudo que mudou ou se adaptou, o meu lado sonhador sempre se manteve de pé – ainda que fosse nas pastas do Pinterest, nas pequenas compras.
Sei que vou sentir muita falta da rotina na companhia da minha amiga, que há três anos divide muito perrengue e muita coisa boa comigo, mas, ao mesmo tempo, me sinto muito feliz por poder dar mais um passo em algo que sempre quis muito. E, assim como o Usnavi, de In The Heights, estou conquistando meu El Sueñito (pequeno sonho, na tradução literal) – ou parte dele.
O filme, traduzido no Brasil para Em Um Bairro de Nova York, acompanha uma comunidade latina que compõem o bairro Washington Heights, na cidade de Nova York, nos Estados Unidos. No bairro, todo mundo possui sua própria história, mas com todas as famílias interligadas de alguma forma – dona Claudia é o principal elo. Contudo, acima das histórias, cada um possui seu próprio sonho e essa é a premissa do enredo. Qual o seu El Sueñito?
Usnavi, interpretado pelo Anthony Ramos (de Hamilton), é o protagonista, e desenvolve sua história contando, principalmente, com Vanessa (Melissa Barrera), Nina (Leslie Grace) e Benny (Corey Hawkins). Outros personagens como Sonny (Gregory Diaz IV), Carla (Stephanie Beatriz, de Brooklyn 99 e Modern Family), Daniela (Daphne Rubin-Vega), Claudia (Olga Merediz) entre outros, também participam da história e da vida do protagonista.
Usnavi tem o sonho de voltar para a República Dominicana, seu país de origem. Vanessa quer sair de WH e ir morar no Centro para se tornar estilista. Benny deseja ser reconhecido por seu trabalho. Nina é conhecida por ser “aquela que saiu”, que “foi mais longe”, por ter ido estudar em Stanford, na Califórnia, mas ela tem o desejo de voltar. Sonny sonha em poder se formar e transformar o mundo em um lugar mais justo. E, enfim, cada personagem tem um sonho e corre atrás de realizá-lo no filme, mas o diálogo do roteiro vai mais além, fala sobre pertencimento, sobre encontrar seu lugar, sobre aprender onde pode ser e onde é verdadeiramente o seu lar, sobre reconhecer suas raízes e entender as razões por trás do sonho.
Além de tratar desse aspecto, In The Heights ainda é um longa que fala sobre gentrificação, racismo e latinidade. Eu sou apaixonada por histórias que tratam de representatividade e com esse filme não foi diferente. A produção é um musical, que originalmente é uma peça teatral da Broadway, escrita e protagonizada por Lin-Manuel Miranda (criador e protagonista de Hamilton). A direção do filme é de Jon M. Chu (diretor de Podres de Ricos) e todas as músicas também são do Lin-Manuel – que faz participação no filme como o Piragua Guy, mais conhecido como o tio da raspadinha de gelo.
Espero que a coluna de hoje tenha feito sentido por aí, mas, de qualquer forma, se nada do começo do texto deu pra assimilar, assiste ao filme que eu sei que ele vai te abraçar e aquecer de maneira única. O musical está disponível no HBO Max.
Ah, e como não pode faltar um comentário sobre pontos técnicos: as coreografias são incríveis, a fotografia deixa tudo mais bonito e fortalece o aspecto lúdico que o filme quer passar (não de infantil, mas de alcançar o utópico, como se estivéssemos sonhando). Outro ponto que eu amo demais é o figurino, mais cor, mais representatividade e a personalidade de cada personagem transparecendo pelo seu vestuário.
Ps: tudo que o Lin-Manuel toca vira hit, meu Deus. Assistam também Hamilton (Disney+) e tick, tick…BOOM! (Netflix). Podem me agradecer depois hihi.
Saiba mais: #12 Hamilton, Mamma Mia, High School Musical e outros musicais
Leia também: RESENHA: tick, tick... BOOM!
Confira o trailer de In The Heights:
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