Segunda temporada do anime pode ser assistida nos streamings Crunchyroll e Funimation (Foto: Divulgação) |
Sendo assim, mantendo-se como está, Kimetsu no Yaiba deve continuar se firmando como o anime de uma geração. A obra que na primeira temporada mostrou a que veio, segue em uma crescente constante desde o filme e a segunda temporada, que adaptou, em 2 partes, o arco do Trem do Infinito (o mesmo do filme, mas com cenas novas) e o Distrito do Entretenimento.
Tudo que envolva Demon Slayer no Japão vende como ouro, e isso não é nem exagero da minha parte. Porém, é preciso ser justo: boa parte desse sucesso deve ser creditado à Ufotable, estúdio responsável pela animação. O mangá que origina a obra está longe de ter o melhor roteiro, o melhor universo ou os melhores personagens. São bons, são ok, mas o trabalho que a UFOTABLE fez na adaptação é espetacular e permitiu levar a obra a outros níveis, em critério de roteiro adaptado ou ainda melhor, no visual. Sério, qualquer frame de um episódio dessa temporada rende um wallpaper pra celular ou computador – mais uma vez, sem exageros da minha parte.
Agora, me permita falar mais especificamente do segundo arco, que talvez carregue com mais propriedade a segunda temporada, uma vez que o primeiro apenas readaptou o já aclamado filme do Mugen Train Arc. Aqui, além do trio já carismático e único, somos apresentados a mais um Hashira que começa carregando o contexto da trama na costa: Uzui, o ninja poligâmico. É quando já estamos esgotando do protagonismo dele que brilha o nosso quarteto, dando tempo pro outro personagem respirar e voltar a brilhar nos momentos certos. Descobrimos novos poderes do Tanjiro e da Nezuko, assim como acompanhamos também o avanço do treinamento de Inosuke e Zenitsu. Aliás, talvez o ponto alto da reta final, quando descobrimos verdadeiramente quem é a Lua Superior 6, seja justamente o paralelo da relação do Tanjiro e a Nezuko com os irmãos que a formam. E se o Tanjiro tivesse virado oni também? Seria esse o fim deles? E se os irmãos Oni tivessem tido outra opção? Como seria sua vida?
E, se o visual aqui é impecável, as coreografias de luta adaptadas não ficam pra trás e muito menos a trilha sonora. Perdi as contas de quantas vezes me peguei arrepiado ou levando a mão à boca com uma cena ou outra que, talvez adaptada por outro estúdio, de outra forma, com outros visuais e trilha, não surtissem o mesmo efeito. A comédia é on point, me causando incômodo apenas no episódio final, quando ela entra justamente no momento que se espera um clímax de tristeza, mas não é nada que atrapalhe. Os flashbacks, o terror dos fãs de anime, são muito bem utilizados (aprende, Pierrot adaptando Naruto, cof cof). Tudo isso numa temporada que inclui episódios maiores que o usual, fugindo dessas amarras a fim de entregar o resultado planejado e esperado. (Ah, antes que eu esqueça, claro que não falta o Tanjiro Pastor).
Dito isso, acho que passaremos ainda bons anos acompanhando o desenrolar dessa obra que, já há um tempo encerrada no mangá (não da melhor forma, convenhamos) insiste em continuar crescendo. E que na próxima temporada tenhamos abertura da LiSA de novo. Nada contra a atual, mas LiSA é LiSA.
Ah! E também no dia de veiculação do último episódio, esse domingo (13), foi confirmado também a 3ª temporada da animação, que já está em produção e deve adaptar o arco dos ferreiros, aprofundando-se mais na história de alguns hashiras.
Você pode assistir as duas temporadas de Kimetsu no Yaiba e seu filme no Crunchyroll ou Funimation.
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