Courteney Cox e seu ~terrormédia: o saldo final de Shining Vale

(Imagem: Divulgação/Starzplay)

No dia 17 de abril, chegou ao fim a primeira temporada de Shining Vale, estrelada por Courteney Cox e trazendo uma trama que mistura comédia e terror. Na semana do lançamento, eu trouxe minhas primeiras impressões sobre a série. Oito episódios depois, eu retorno aqui com o saldo final. Valeu a pena? Vamos lá descobrir.

Saiba mais: Primeiras Impressões de Shining Vale

Durante os oito episódios, seguimos a família Phelps em sua nova moradia, na cidade de Shining Vale. Lá, eles buscam se reconstruir após a traição da matriarca com um gostosão empreiteiro. No decorrer da série acompanhamos a Pat (Courteney Cox) na construção do seu novo livro, tendo Rosemary (Mira Sorvino) como sua nova grande musa.

A trama é recheada de referências às histórias do Stephen King – inclusive, a própria protagonista poderia facilmente ter vindo de uma obra do autor. Ao longo da temporada fomos banhados com direções que vão do Exorcista e como as já citadas obras do King, como Cemitério Maldito e a principal, O Iluminado. A última obra em questão é uma fonte extrema para essa série, em vários momentos você saca que a personagem da Pat está se tornando uma versão feminina do Jack Torrance, personagem vivido pelo grande Jack Nicholson, na adaptação cinematográfica dirigida pelo Stanley Kubrick, em 1980.

O relacionamento de Pat com sua família também é o grande foco dessa série, e ele é bem trabalhado até quando traz a sua mãe Joan (Judith Light), que possui um passado obscuro ao lidar com uma condição mental frágil. Os dramas de mãe e mulher, que estão no espectro tanto da Pat quanto da Rosemary, vão levar ela a um limite onde não pode mais recuar. Ao ceder seu corpo como receptáculo do espírito da sua musa, ela começa a entrar em caminho que o sangue logo logo vai estar encharcado em suas mãos.

A série vai construindo uma pequena mitologia aos poucos. Seja pela casa onde eles foram residir, que esconde segredos obscuros, ou pela própria cidade em que residem. Os personagens que habitam a cidade e fazem parte do núcleo de coadjuvantes trazem uma carga de comédia bem interessante. Um ponto positivo são alguns membros da família, como o marido Terry (Greg Kinnear), que busca a revitalização do casamento mas ao mesmo tempo luta para não cair na tentação da amiga de trabalho que claramente se sente atraído. Gaynor (Gus Birney) é outro personagem que chama a atenção. A filha mais velha traz várias cenas engraçadas, como o fato dela tá se convertendo para poder dar uns pegas em um garoto. A Birney já é uma querida por mim, pois ela brilhava muito na série Dickinson, da AppleTV+.

Com o tempo, a série vai ganhando seu rumo e termina com um saldo positivo. Courteney Cox tá ótima e seu protagonismo em nenhum momento é tomado. As cenas dela possuída pela Rosemary são ouro e você fica querendo buscar se ela tá ou não agindo como a antagonista. No geral, vale a pena assistir e garantir uma ótima série ao seu final. Vamos torcer para uma segunda temporada e que venha mais dessa cidade maravilhosa e aterrorizante. 

Nota: 8,5/10

Onde assistir? Starzplay
Adan Cavalcante
Adan Cavalcante

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