Desculpe o transtorno, mas sinto te dizer: você não vai abraçar o mundo com as mãos

(Foto: Reprodução/Netflix)

Eu queria um filme sobre escolhas para falar sobre o assunto de hoje, mas daí eu pensava nisso enquanto assistia Gilmore Girls e suas sucessivas doses de realidade que me fizeram pensar: hum, por que não?

Gilmore Girls está no meu top 3 de séries comfort por uma série de motivos, dentre eles pela similaridade com minha vida – dadas as devidas proporções, é claro – e vocês sabem de como eu gosto do fator identificação. A série, produzida pela Amy Sherman-Palladino (The Marvelous Mrs Maisel), traz o enredo de mãe e filha, vivendo na pacata cidade de Stars Hollow, onde todos se conhecem e convivem como uma boa comunidade.

A produção gera identificação com vários personagens a depender do momento em que se está. E, o melhor, é que apesar de estar centrada no enredo mãe e filha de Lorelai (Lauren Graham) e Rory (Alexis Bledel), ele também fala muito sobre a relação Emily (Kelly Bishop) e Lorelai – e como esses dois relacionamentos contrastam.

Mas, as relações em Gilmore não são o ponto aqui hoje. Uma das coisas mais presentes na história da série são as escolhas dos personagens. As decisões que Lorelai precisa tomar, que Rory precisa ter, Emily, Richard, Luke, Christopher, todos os personagens estão, constantemente, tendo que fazer escolhas. Assim como a gente, aqui na vida real.

E eu queria muito falar sobre decisões e escolhas hoje, porque essa semana tomei uma importante. Mas, até decidir tomá-la, é difícil ter que ficar repassando todos os prós e os contras, colocar na balança seus desejos e suas prioridades, compreender os motivos de estar fazendo o que se está fazendo e, enfim, considerar tudo isso.

No fim das contas, fiquei orgulhosa. Vi que algumas coisas estão realmente bem postas como prioridades na minha vida, mas é muito duro ter que abrir mão de outras, porque simplesmente é inviável abraçar o mundo com as mãos. É um processo importante, abre os olhos para uma série de outras coisas.


(Foto: Reprodução/Netflix)

Assim como a Rory, por exemplo, teve que escolher outros caminhos quando sua primeira ideia deu errado. Assim como Lorelai precisou tomar decisões difíceis em prol de seus sonhos. Ou o Christopher trocando o amor da sua vida pela possibilidade de consertar um erro do passado que o assombrava. O Jess (Milo Ventimiglia, de This Is Us) escolhendo fazer o que era preciso ao invés do que ele queria e uma série de outros momentos de Gilmore Girls que eu podia listar aqui.

Ou, por exemplo, o Adam Brody escolhendo sair de Gilmore Girls para entrar no elenco de The O.C. (nosso Seth Cohen) sem saber o que esperava, apenas por acreditar no projeto – e em si mesmo. Algumas escolhas são necessárias para abrir portas maiores diante do que acreditamos e corremos atrás, sabe? É difícil, parece que está trocando o certo pelo duvidoso, mas, em geral, ouvir o coração vale a pena.

Então, a Desculpe o Transtorno de hoje é curtinha só para te provocar um pouco: que escolhas você anda fazendo por si mesmo?

Até a semana que vem!

Onde assistir? Netflix
Beatriz de Alcântara
Beatriz de Alcântara

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