
(Foto: Reprodução/Netflix)
Eu passei cerca de um ano lendo todos os livros da saga dos irmãos Bridgertons e, confesso, que agora que escrevo a última resenha tenho um pouco da mesma sensação de finalizar a última história. Chegamos, portanto, ao último dos irmãos a se casar e o penúltimo, pela ordem de nascimento: Gregory Bridgerton. O nome do livro é A Caminho do Altar.
Ele é o mais romântico de seus irmãos, justamente por ter crescido nesse ambiente tomado pelo amor e pelas grandes histórias de romances. Das relações familiares, Gregory é mais próximo da Hyacinth, por conta das idades parecidas, enquanto a diferença para seus demais irmãos é grande. A relação deles dois, inclusive, é bem parecida com a que Daphne mantém com Anthony e Benedict mantém com Eloise. Eles se zoam, mas são porto seguro uns dos outros.
Por ser tão romântico, Gregory não tem nenhuma dúvida de que vai encontrar a mulher da sua vida e acredita piamente que isso vai acontecer tal qual o romance de Benedict, por exemplo, no qual ele vai olhar para ela e ter certeza, de imediato, que é seu grande amor. Então, um belo dia, ele olha para uma nuca específica em um baile na casa de campo do Visconde e da Viscondessa, seu irmão Anthony e sua cunhada Kate, e sente um formigar na barriga, o coração acelerado e acredita que achou sua futura esposa.
A mulher? Hermione Watson.
(Preciso dizer que amei esse nome repleto de referências, entendedores entenderão.)
Retomando, o problema é que Hermione não está nem um pouco interessada em Gregory ou qualquer outro marmanjo que tentar cortejá-la em todos os bailes da alta sociedade londrina. O coração da jovem pertence a um outro homem. Para Gregory, isso é um balde de água fria em todas as suas expectativas relacionadas ao amor e ao fato de se apaixonar e é muito engraçado ver como ele tenta lidar com isso.
Uma eterna sensação de: como assim eu posso me apaixonar por alguém que não vai se apaixonar por mim?
Mas, a Julia Quinn se preocupa em trazer para o Gregory e para nós, leitores, a lucidez de que nem todo fogo no rabo é amor. E que, na verdade, por mais que existam as grandes histórias sobre se apaixonar à primeira vista, o amor é construção.

(Foto: Reprodução/Netflix)
É nesse aspecto de amor construído que entra Lucinda “Lucy” Abernathy, nossa heroína. Melhor amiga de Hermione, Lucy vive às margens da beleza estonteante de sua amiga e está feliz assim, já que é conformada com a ideia de casar com um rapaz no qual foi prometida por seu tio há algum tempo. Viver confortável e ser bem tratada lhe parece mais do que suficiente. Por outro lado, ela deseja o melhor para sua amiga – que tem tantas idealizações de amor quanto o Gregory – e se põe a ajudar o nosso protagonista a conquistar o coração da Hermione.
No fim das contas, a Hermione se apaixona, de verdade, por outra pessoa e, no meio dessa confusão, o Gregory percebe que o amor pode estar em outro lugar, em outras situações, nem sempre como um raio que cai do nada sob a sua cabeça. Enquanto a garota, que nunca idealizou se apaixonar, percebe como esse sentimento é bom e como é sofrido não poder vivê-lo.
O livro tem drama, é claro, daqueles que a gente fica se perguntando como o casal vai conseguir resolver tudo para ficar junto. Tem também a primeira menção à homossexualidade na história dos Bridgertons, não na família, mas em um dos núcleos. Tem tiro, porrada e bomba. Tem cena digna de novela interrompendo o casamento – eu lembrei de Japril (Grey's Anatomy) todinha aqui, mas sofri porque o final da cena não é o mesmo.
E, depois de todo esse enredo e plot twists, nosso casal fica junto. Lucy e Gregory se apaixonam no melhor da amizade, reconhecendo a parceria e o companheirismo, a importância de rir um com o outro, esse querer bem de forma gratuita e todas essas questões que estão relacionadas a um amor construído pouco a pouco, no dia a dia, quando às vezes você nem se dá conta do que está construindo.
Não é o mais grandioso e nem o melhor dos livros dos Bridgertons, mas é um final de saga emocionante e que deixa nossos corações quentinhos, com a certeza de que todos os irmãos dessa família na qual nos apegamos tiveram direito ao seu “felizes para sempre” enquanto aprendiam algo que era necessário para o seu desenvolvimento.
E, claro, como todos os outros, esse livro tem muito da presença dos outros irmãos e seus agregados, mostrando a família Bridgerton que a gente ama: leve e unida.
A sensação que fica agora é quase como de orfandade: e agora? O que vai ser de nós sem eles? Por sorte, ainda temos algumas temporadas de série Bridgerton, da Netflix, para matar a saudade e podemos sempre revisitar essas histórias. Depois da lapada que tomei com a segunda temporada, já deixei minhas expectativas de lado para o que virá a seguir e vou só curtir o que a Shonda quiser me entregar. Vamos juntos!
É nesse aspecto de amor construído que entra Lucinda “Lucy” Abernathy, nossa heroína. Melhor amiga de Hermione, Lucy vive às margens da beleza estonteante de sua amiga e está feliz assim, já que é conformada com a ideia de casar com um rapaz no qual foi prometida por seu tio há algum tempo. Viver confortável e ser bem tratada lhe parece mais do que suficiente. Por outro lado, ela deseja o melhor para sua amiga – que tem tantas idealizações de amor quanto o Gregory – e se põe a ajudar o nosso protagonista a conquistar o coração da Hermione.
No fim das contas, a Hermione se apaixona, de verdade, por outra pessoa e, no meio dessa confusão, o Gregory percebe que o amor pode estar em outro lugar, em outras situações, nem sempre como um raio que cai do nada sob a sua cabeça. Enquanto a garota, que nunca idealizou se apaixonar, percebe como esse sentimento é bom e como é sofrido não poder vivê-lo.
O livro tem drama, é claro, daqueles que a gente fica se perguntando como o casal vai conseguir resolver tudo para ficar junto. Tem também a primeira menção à homossexualidade na história dos Bridgertons, não na família, mas em um dos núcleos. Tem tiro, porrada e bomba. Tem cena digna de novela interrompendo o casamento – eu lembrei de Japril (Grey's Anatomy) todinha aqui, mas sofri porque o final da cena não é o mesmo.
E, depois de todo esse enredo e plot twists, nosso casal fica junto. Lucy e Gregory se apaixonam no melhor da amizade, reconhecendo a parceria e o companheirismo, a importância de rir um com o outro, esse querer bem de forma gratuita e todas essas questões que estão relacionadas a um amor construído pouco a pouco, no dia a dia, quando às vezes você nem se dá conta do que está construindo.
Não é o mais grandioso e nem o melhor dos livros dos Bridgertons, mas é um final de saga emocionante e que deixa nossos corações quentinhos, com a certeza de que todos os irmãos dessa família na qual nos apegamos tiveram direito ao seu “felizes para sempre” enquanto aprendiam algo que era necessário para o seu desenvolvimento.
E, claro, como todos os outros, esse livro tem muito da presença dos outros irmãos e seus agregados, mostrando a família Bridgerton que a gente ama: leve e unida.
A sensação que fica agora é quase como de orfandade: e agora? O que vai ser de nós sem eles? Por sorte, ainda temos algumas temporadas de série Bridgerton, da Netflix, para matar a saudade e podemos sempre revisitar essas histórias. Depois da lapada que tomei com a segunda temporada, já deixei minhas expectativas de lado para o que virá a seguir e vou só curtir o que a Shonda quiser me entregar. Vamos juntos!
Nota: 8/10
Onde comprar? A Caminho do Altar aqui
Editora: Arqueiro
Ano: 2016 (1ª Ed)
Páginas: 320
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