RESENHA LITERÁRIA: Malibu Renasce

(Foto: Adan Cavalcante)

Quando entrei em contato com o texto da Taylor Jenkins Reid, com Os Sete Maridos de Evelyn Hugo, não sabia no vício que eu estava entrando. Sua escrita me conquistou de primeira e eu precisava saciar mais esse vício. Em seguida, me debandei para Daisy Jones & the Six, e mais uma macetada da rainha na minha vida. Saí mais viciado do que nunca. Por sinal, ambos os livros estão para serem adaptados e eu já estou aqui contando os dias para conferir o que fizeram com meus (nossos) personagens queridos.


Após adentrar no universo hollywoodiano e o da música, que por sinal, são as duas obras mais famosas da Jenkins, eu fiquei em dúvida em qual iria começar em seguida. Li a sinopse de vários, até que uma amiga me indicou Malibu Renasce e me falou que se passava no mesmo cosmo dos dois livros anteriores. Como eu iria rejeitar essa proposta? Adentrei novamente nesse universo fantástico criado por essa autora incrível.

Um dos pontos que eu mais aprecio na escrita da Jenkins é, com certeza, seu modo jovial de escrever. É como se eu estivesse lendo uma série televisiva, se é que vocês me entendem. A todo momento eu pensava em quem iria formar meu fancast desse livro. Malibu Renasce pega um dos maridos da Evelyn Hugo, que foi um personagem pequeno em Daisy Jones, para se tornar o catalisador aqui. Estou falando de Mick Riva, o quinto marido da nossa cubana voluptuosa, o rockeiro que ela se casa em Las Vegas.

Todo ano os quatro filhos de Mick Riva, realizam uma festa de arromba, mas a do ano de 1983, vai ficar para história. Aqui, temos um verdadeiro novelão, onde a protagonista dessa história, por assim dizer, é a modelo e surfista Nina Riva, que pelo sobrenome você já deve imaginar de quem ela é filha.

É muito complicado chegar ao ponto inicial de tratar de Malibu Renasce, pois são vários túneis onde somos guiados e podemos dar início a essa história, mas eu não vejo outra forma a não ser com nossa Nina. Nossa protagonista, digamos assim, é a filha mais velha do cantor e desde que seu pai largou a família, ela tem como função ser a cola de todos. A vida deles nunca foi fácil, pois o patriarca é um lixo de pessoa e a cada volta dele, demonstra mais o quanto é melhor longe do que perto.

Além da Nina, temos o Jay que vive o sonho de ser o maior surfista de todos, seguido pelo meio-irmão Hud, que acompanha o Jay em tudo e é o fotógrafo oficial dele. Por último, temos a Kit, a mais nova, que está ali no meio desses grandes irmãos em busca do seu lugar no mundo. Em meio a tudo, cada personagem tem um segredo a esconder, que como uma boa novela, sabemos bem onde tudo vai explodir, não é mesmo?

Nina acabou de passar por uma separação dolorosa, e em meio a isso tudo, tem que conviver com o ex estampado as revistas com sua nova namorada, o gerenciamento do negócio da família (que por sinal, não é algo tão lucrativo assim), além de se manter como a “mãe” dos seus irmãos. Ela está a ponto de explodir. Mas Nina é uma personagem muito boa de se acompanhar e sua história é algo que faz você se identificar aos poucos com ela.

Em meio a história que se passa “atualmente”, temos os flashbacks contando como a mãe e o pai se conheceram, e toda a história de “amor” que foi construída. Mostra com todos os detalhes o tanto que Mick Riva pode ser odioso. Com toda certeza, você conhece um pai assim ou um marido assim. A questão do abandono parental é bem tratada aqui e faz vocês odiarem certas situações que o Mick faz os filhos e a esposa passarem. Inclusive, o modo como a mama Riva fica, é doloroso.

Em todo o caminho você vai encontrando pequenos pedaços que, ao final do livro, causam a explosão que levou Malibu às chamas. Essas chamas, inclusive, são citadas no início do livro, que faz o mistério de saber “O que levou essa festa pegar fogo dessa maneira?”. Como eu disse, Malibu Renasce tem todas as características de um bom novelão, somos banhados com dramas e reviravoltas que fazem nós, leitores, ficarmos de boca aberta.

Como já foi anunciado, Malibu Renasce vai ser adaptado pelo Hulu, e já podemos esperar também mais uma obra literária, sobre a tenista Carrie Soto, com ligação nesse universo formando esse jenkinsverse. Os Sete Maridos de Evelyn Hugo já está confirmado com adaptação para Netflix e Daisy Jones & the Six para o Prime Vídeo, em formato de minissérie.


Nota: 8,5/10

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Editora: Paralela
Edição: 1ª, em junho de 2021
Paginas: 360 
Adan Cavalcante
Adan Cavalcante

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