Em Cartaz: Chamas da Vingança (2022)

(Imagem: Divulgação/Blumhouse Productions)


Um dos autores mais adaptados do mundo, com toda certeza é o Stephen King. O cara tem séries, filmes, minisséries, HQs e o escambau baseado em suas obras. A primeira adaptação foi "Carrie - A Estranha'', filme dirigido por Brian DePalma, datado do ano de 1976. De lá pra cá, coisas boas e bombas já saíram, e entre essas obras temos Chamas da Vingança, de 1984, que foi inspirado no romance de 1980.


Estrelado pela estrela mirim da época, Drew Barrymore, que dois anos antes tinha brilhado como Gertie no filme E.T. - O Extraterrestre. Aqui, ela vive Charlie, uma menina que possui a pirotecnia no seu gene. Filha de dois cobaias de um experimento que estimula a glândula pituitária, onde faz com que o sujeito adquira poderes telecinéticos. Ou seja, o objetivo era criar o próprio exército de X-Mens telepáticos.


Claro que as coisas não iriam ficar apenas nisso. Oito anos após o nascimento da jovem Charlie, sua mãe Vicky (Heather Locklear) é assassinada por agentes de uma agência governamental chamada “A Loja”, liderada pelo Capitão Hollister (Michael Sheen). Óbvio, que esse capitão tem suas ambições e se torna um homem odiável. Em fuga, Andy (David Keith) e sua filha, enfrentam a todo momento os agentes governamentais e após uma investida frustrada da “Loja”, aparece John Rainbird (George C. Scott), que tem como objetivo destruir Charlie com as próprias mãos.


O filme ainda possuía um elenco bem interessante, além dos principais já mencionados, alguns vencedores do Oscar como Art Carney e Louise Fletcher, que interpretou a icônica Ratched no filme Um Estranho no Ninho, embarcaram nessa empreitada. Sem ter ido muito bem nas bilheterias, o filme fracassou também na crítica, angariando cerca de 37% no Rotten Tomatoes.


Com o passar dos anos, tudo que não é bom, acaba se transformando em cult. Com essa pensamento, os produtores Jason Blum e Akiva Goldsman se juntaram com o diretor Keith Thomas, que já tinha feito o aclamado pela crítica The Vigil: O Despertar do Mal, para trazer essa nova roupagem da obra do Stephen King. Depois de algumas últimas adaptações que foram bem nas telinhas ou foram aclamadas, como as duas partes de It e Doutor Sono, pensaram “Ora, será que a gente também não pode pegar nossa parte aí?" A resposta veio fácil: NÃO, NÃO PODE!


Trazendo Zac Efron no papel de Andy e Ryan Kiera Armstrong, no papel que foi da Drew no original, o filme muda algumas coisas para seguir de forma mais atual, sem conseguir agilizar a trama. De forma extremamente monótona, com atuações fraquíssimas, mais parecido com uma produção do canal Syfy, o único destaque aqui se dá pela construção dos poderes da Charlie e da trilha sonora, que foi muito bem trabalhada. Mais uma vez, um filme dispensável no catálogo de adaptações do King e do próprio Efron.


Para se ter uma noção, o filme acumula 10% de aprovação crítica no Rotten Tomatoes. A falta de personalidade, um roteiro apressado e ao mesmo tempo enfadonho, ele não se acrescenta em nada. É uma daquelas obras onde você sai odiando tudo por ter gastado sua grana no ingresso do cinema, que não tá nada barato.


O filme foi lançado lá fora tanto no cinema quanto no streaming do Peacock em maio e chegou aqui recentemente. Repetindo o sucesso do original, não aconteceu. Se manteve sem cobrir o que gastou e flopou horrivelmente. Sem ter a mínima vergonha na cara, conversas sobre uma possível continuação, prequel ou spin-off estão acontecendo, com a ambição de expandir o “universo”. Uma lástima. 


Nota: 3/10


Adan Cavalcante
Adan Cavalcante

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