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(Imagem: Cena do filme 45 do Segundo Tempo, 2022) |
Desde que eu assisti ao trailer de 45 do Segundo Tempo, dirigido por Luiz Villaça e que conta com Tony Ramos, Cassio Gabus Mendes e Ary França como protagonistas, eu simplesmente quis assisti-lo. Achei interessante a história desses três amigos e quis saber qual seria o desenvolvimento dela. Ao concluí-lo, compreendo o desejo que me bateu pelo primeiro contato.
Primeiramente, o filme trata sobre quatro amigos (agora 3) de colégio que se reencontram 40 anos depois para recriar uma foto que eles tiraram no dia da inauguração do metrô de São Paulo. A vida dos três seguiu caminhos bem distintos, com Pedro (Tony Ramos) passando o maior perrengue com seu negócio indo à falência, Ivan (Cassio Gabus Mendes) que se tornou um advogado de sucesso e Mariano (Ary França) que virou padre.
Todo o desenrolar que se desenvolve a partir daí é um deleite para o público. O Pedro, desiludido com tudo que vem ocorrendo na sua vida, decide tirar sua vida. Mas antes, chama os dois amigos de longa data para pedir alguns favores para eles. Tudo acertado, só uma coisa falta acontecer: ele só vai seguir em frente com o plano quando o Palmeiras virar campeão. Ao mesmo que tudo isso acontece, Ivan está passando por um processo de separação com sua esposa Lilian (Denise Fraga) e viu seu filho beijando seu secretário e não está sabendo lidar muito bem com isso, enquanto Mariano tá passando por uma crise existencial sobre sua vocação dentro da igreja.
Esse trio traz uma dinâmica muito boa durante toda a trama, pois você crê na amizade que existiu ali e que ainda pode ser acesa. Durante os acontecimentos, e tudo desmoronando aos poucos, Pedro se mantém preso nas memórias do passado, tentando buscar um final feliz para ele e mostrar que eles foram felizes no passado. Um pequeno road movie se inicia, quando eles decidem retornar para cidade onde passaram a adolescência e reviver as memórias de outrora.
Todo o filme dá uma sensação de conforto, de encontro e que até em seus momentos mais sombrios, digamos assim, ele passa uma mensagem interessante. Quando essa amizade retorna, você se pergunta como seria encontrar seu grupo de amigos do ensino fundamental ou médio. E acredito, que ao utilizar do futebol, um dos maiores ganchos brasileiros de união, o filme acertou em cheio no tom.
Ainda que em certos momentos, o filme peque pela agilidade da trama, se prendendo em momentos desnecessários, o saldo final é bastante positivo. O filme me remete um pouco a O Pai da Rita, filme de Joel Zito Araújo, que foi lançado esse ano e também tem na trama o desenrolar de uma amizade. Bem confortáveis em seus papéis, destaque enorme para Ary França, um ótimo ator com uma timing de comédia incrível. O personagem do padre desbocado caiu muito bem nele.
45 do Segundo Tempo é uma ótima dramédia, onde o telespectador vai sair com o coração quentinho com essa amizade renascida após um longo tempo, onde faz você refletir sobre o amor e o companheirismo nos dias atuais. Produzido pela Bossa Nova Filmes, tem coprodução da Globo Filmes, Telecine e SPcine. A estreia do filme acontece nos cinemas hoje, dia 18 de agosto.
Nota: 8/10
Confira o trailer abaixo:
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