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(Imagem: Divulgação/Sony Pictures) |
De boas intenções o inferno está cheio e Convite Maldito, filme que estreia hoje nos cinemas brasileiros, é repleto delas. A começar por não mostrar logo de cara do que se trata e fazer de forma bastante competente um mistério que cerca nossa protagonista. Não tô dizendo que é a coisa mais complicada de descobrir, mas a tentativa ainda assim é válida.
No suspense somos apresentados a Evie (Nathalie Emmanuel), uma garota que perdeu toda a sua família e vive sozinha, com a companhia de sua melhor amiga. Nesses sites de descobrir sua árvore genealógica, ela encontra um primo distante, que a convida a visitá-lo na Inglaterra e participar de um casamento. Um alerta surge, pois independente desse laço sanguíneo existente, ainda assim são pessoas estranhas e Grace (Courtney Taylor), avisa que é melhor ela não arriscar e como ela não tem ninguém, ela segue o coração e vai conhecer a sua nova família.
Logo após conhecer seu primo distante, ele a carrega para uma mansão ao estilo gótico e toda a trama vai se desenrolar neste castelo. Ela é apresentada a Walter De Ville (Thomas Doherty), o lorde dono do local, com um sorriso encantador e um corpo de dar inveja, logo rola faíscas entre os dois.
Aos poucos, coisas estranhas começam a ocorrer na mansão. As empregadas extremamente desaparecem e ela tem visões de sua bisavó, que no início do filme é mostrada em um flashback se enforcando. A todo momento, aquele clima de mistura de Corra! com algum filme sobrenatural que existe a rodo permeia o clima do filme. Seu relacionamento com o lorde do local vai crescendo com o tempo e aparentemente apaixonados, é mostrado a aprovação de todos.
O filme dá uma virada, e suas intenções são mostradas. O que começa como uma obra sobrenatural, se torna uma versão D da história do Drácula. Com todas as referências que vocês podem imaginar, desde ajudante as suas noivas, até claro, Mina. É como se eu estivesse assistindo uma fanfic que ganhou as telonas, tal qual as várias que vem ganhando as telonas, o que não tem problemas algum, desde que tenha qualidade.
E em um eterno “quase”, a virada do filme e suas revelações, seja para nossa protagonista seja para o público, o cansaço já se alastrou em todo os 104 minutos, se tornando algo passável, mas não gostável. O elenco é competente, ou pelo menos esforçado, e essa mistura que tinha tudo pra dar certo, acaba se tornando uma grande bagunça.
Em diálogos que beiram o ridículo, e uma tentativa de girl power, ao mostrar a força feminina diante do eterno masculino e desejo de submissão diante da figura feminina, o filme não trabalha nenhum dos personagens para esse enfartamento. É algo jogado ao vento, se tornando vago. Nathalie Emmanuel, que tem em seu currículo a Missandei de Game of Thrones, tenta tirar leite de pedra aqui e é uma das melhores coisas. Com um final perdido, com cenas que beiram um terrir barato, Convite Maldito não consegue entregar 20% do que poderia, sendo apenas mais uma entre milhões, que ninguém lembrará.
Nota: 4.5/10
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