Chegou a época dos filmes clichês de Natal (e a nossa saúde mental agradece!).


É oficial: o espírito natalino chegou aos streamings. E a minha segunda data comemorativa favorita alimenta uma paixão que tem nome e sobrenome: filmes de Natal (minha primeira data comemorativa favorita é o Halloween, by the way).

Quem deu uma olhada nos catálogos de filmes e séries ultimamente viu que algumas estreias já apareceram por ali. Se alguém aí está surpreso por já termos essas novidades em pleno início de novembro, saiba que o assunto está começando cada vez mais cedo mesmo – pelo bem da nossa saúde mental.

E não é meme: a ciência comprovou que filmes de Natal fazem bem para o nosso cérebro. Além de estimular a produção de ocitocina e dopamina, os hormônios do amor e do prazer, os filmes de Natal também reduzem o estresse e a tensão, além de fazer com que as pessoas que assistem sintam-se mais saudáveis e com a imunidade mais alta. Ainda falando sobre emoções boas, os filmes também provocam sentimentos de esperança, empatia, gratidão e alegria, que têm benefícios a longo prazo para a saúde.

Parece loucura, mas em um ano tão caótico quanto 2022, se apegar ao conforto natalino dos filmes é um tanto quanto justo. E a situação não acontece só no Brasil: a psicóloga norte-americana Pamela Rutledge publicou em seu site um estudo chamado Why Do We Like Holiday Movies? ("Por que gostamos dos filmes de Natal?" em português), onde explica que os filmes natalinos oferecem soluções simples para situações estressantes do fim de ano, como conflitos familiares e problemas financeiros. Juntando isso ao fato de que nosso cérebro ama previsibilidade e padrões, os finais felizes causados pelo milagre do Natal, que sempre vence tudo, obviamente despertam uma sensação boa e fazem o gênero nunca sair de moda.

Outra aposta da ciência é a de que nosso cérebro gosta de filmes natalinos porque, simplesmente, queremos viver aquela realidade; onde as tragédias ficam no passado e o equilíbrio emocional é sempre mantido em nome da magia do feriado do Natal. Como se, no lúdico, encontrássemos a segurança longe da realidade caótica em que vivemos. Nos filmes, os protagonistas só precisam escolher entre passar o feriado ao lado da família ou trabalhar; ou escolher entre se casar com o rapaz rico ou ficar com o verdadeiro amor. Parece fácil demais e temos a certeza esperançosa de que tudo ficará bem. Afinal, é Natal.

Ju Marques
Ju Marques

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