Desculpe o transtorno, mas o Amor faz mesmo parte da equação geral do Universo


(Foto: HBO Max/Divulgação)

Tem uma frase da Alinne Moraes (ou do Wagner Moura não lembro exatamente) em “O Homem do Futuro” que diz sobre o Amor fazer parte da equação geral do Universo. Eu sempre achei isso muito poético, ao mesmo tempo em que não conseguia entender exatamente de que forma isso seria possível. O Amor não é uma coisa tangível, né? Sua concepção em si não é palpável, ele não está descrito em uma sequência numérica ou em códigos binários, muito menos se encaixa em uma função quadrática ou logaritmos, sei lá. Mas, de alguma forma, essa frase do filme faz muito sentido.

Com Interestelar, que revi esses dias, essa ideia fica mais fácil de ser compreendida. A personagem da Anne Hathaway, a cientista Amélia Brand, solta a seguinte frase: “O Amor não é algo que inventamos. É perceptível, poderoso. Precisa significar algo. O Amor é a única coisa capaz de transcender as dimensões do tempo e do espaço”. Para quem já assistiu o filme, sabe que a citação passa a fazer todo sentido com a resolução dele e a relação entre Murph e Cooper.

E é talvez nessa definição, do Amor ser algo que ultrapassa as barreiras dimensionais do tempo e do espaço que a gente encontre a possibilidade dele fazer parte sim da equação geral do Universo. Afinal, já dizia a Bíblia e Renato Russo: ainda que eu falasse a língua dos homens e a língua dos anjos, sem Amor eu nada seria.

Gosto de pensar que o Amor é essa coisa quase que super poderosa mesmo, porque ele é. Não falo aqui de ou somente de amor romântico, porque acredito que das formas de Amor e de amar, essa seja a mais superficial. O Amor maternal, fraternal, entre amigos, entre netos e avós, se constituem, ao meu ver, com muito mais força do que o elo entre um casal – mas, isso é uma visão pessoal da coisa toda.

Hoje eu escolhi falar sobre a força do Amor, não à toa, por dois motivos: o primeiro é que esta coluna que vos fala está completando seu primeiro ano de vida e foi muito movida pelo Amor. Pela escrita, pelos próprios pensamentos, pelas coisas e pelos outros. E, às vezes, por mim mesma. O segundo motivo é que essa reta final do ano me deixa mais melancólica do que o normal e 2022 foi um ano muito intenso e transformador em vários aspectos, essa carga emocional pesa e, no fim das contas, o alívio vem pelo Amor.

Outra coisa que me despertou a vontade de falar sobre isso – além do fato de ter revisto Interestelar – é que faz pouco mais de uma semana que Lula ganhou as eleições presidenciais pelo Amor. A gente foi às urnas votar contra o ódio e a violência, contra o fascismo e contra toda essa leva de coisas ruins que têm assolado o país nos últimos quatro anos (ouso dizer seis).

Recentemente passamos também pelo Dia de Finados e é um dia que me deixa muito introspectiva, pensando nas pessoas que já partiram. É um dia que me relembra também a força do tal do Amor, porque o luto, no fim das contas ainda é isso, ainda é uma forma de amar as coisas e as pessoas que nos deixaram, bem como a frase de WandaVision: o que é o luto, senão o amor que perdura? E essa é uma frase que se complementa com uma outra que carrego comigo desde que perdi a minha avó, em 2014, que fala de um Amor que não morre, apenas muda de atmosfera.  

Ou seja, dentro ou fora da equação geral do Universo, é certo concluir que o Amor é muito a resposta para as coisas. Ainda que ele não sustente relações sozinho, ou que seja suficiente para fazer relações darem certo, é através dele que entendemos, inclusive, a hora de ir embora. Quando as coisas fazem (ou não) mais sentido. É por ele que encontramos conforto nas horas de dor, apoio nas horas difíceis e mesmo a alegria nos momentos felizes. Mesmo que ele não seja o destino final, ele ainda faz parte do caminho.

E que a gente escolha sempre caminhar lado a lado com o Amor, então.

Obrigada pela companhia nesse primeiro ano de DOT, com paciência e carinho para ler os devaneios dessa Bea meio surtada. Amo vocês!

Para aproveitar o tema da semana e exemplificar melhor todo esse entendimento em relação ao amor, fica a dica de série: Modern Love. Quem sabe eu volte aqui outro dia para falar só sobre ela.

Até a semana que vem!

Beatriz de Alcântara
Beatriz de Alcântara

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