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(Foto: Divulgação/Paramount Pictures) |
Com um ano de diferença, o novo capítulo da franquia Pânico chega aos cinemas. Dessa vez, o sexto filme da saga mostra o porque é uma das mais consagradas e que consegue, mesmo 27 anos depois, carregar legiões de fãs velhos e novos aos cinemas.
Trazido de volta depois de 11 anos desde seu último filme, Pânico 5 foi um sucesso, revitalizando a obra de Wes Craven, e mostrando o quanto o universo dos moradores de Woodsboro poderia ser perturbado mais um pouco. Com novos nomes do elenco, mas ainda com o trio original nas mãos, a dupla Matt Bettinelli-Olpin e Tyler Gillett mostrou que ia dar muito orgulho ao Craven e assim foi feito. Como, por exemplo, na cena do metrô, em pleno dia de Halloween, quando somos agraciados com várias pessoas fantasiadas com ícones do cinema de terror. Isso é tudo o que faz um fã de cinema se sentir servido em várias maneiras, com uma pequena dose de se reconhecer dentro desse universo.
Leia mais sobre Pânico 5 (2022) aqui.
Retomando a história dos sobreviventes do último massacre, com cada um buscando superar o que ocorreu de sua maneira, nossa herdeira do Billy Loomis (Skeet Ulrich), Sam (Melissa Barrera) enfrenta todos os demônios que a perseguem desde que descobriu suas origens, além de enfrentar acusações de ser a verdadeira autora dos assassinatos pela mídia. Tara (Jenna Ortega) tenta viver sua vida da maneira mais tranquila possível, sem se atrelar ao passado, junto com os irmãos Chad (Mason Gooding) e Mindy (Jasmin Savoy Brown).
Porém, é claro que esses tempos de aparentemente calmaria não iriam durar muito tempo, já que novos assassinatos começam a ocorrer e aparentemente esse novo Ghostface tem como objetivo incriminar a Sam a todo custo. Com a ajuda do detetive Bailey (Dermort Mulroney), eles vão enfrentar a todo custo essa nova figura que está muito mais sanguinolenta aqui. De adição ao grupo, temos a nossa querida e amada Gale Weathers (Courteney Cox), única do trio original a retornar aqui, e a agora agente do FBI, Kirby (Hayden Panettiere), sobrevivente do 4º filme da saga.
Com altas doses de metalinguagem aqui, Pânico 6 mostra que ainda mantém o frescor da obra do gênio Wes Craven, que revolucionou o cinema de terror na década de 80 com A Hora do Pesadelo (1984) e novamente na década de 90, quando trouxe o primeiro capítulo da saga Pânico (1996). Desde sua primeira cena, a subversão de todas as regras da franquia foram utilizadas ao seu favor, com uma inversão de acontecimentos e uma das melhores aberturas dentre os seis filmes (e uma série). O humor ácido que sempre esteve presente em seus mais assombrosos momentos mantém o equilíbrio, mesmo em meios a facadas e tripas.
Samara Weaving, que já havia trabalhado com os diretores no ótimo Casamento Sangrento (2019), faz uma ótima primeira vítima e todo o desenrolar que acontece devido a sua morte fecha muito bem a cena inicial. Refazendo vários passos do segundo filme, eles conseguem elevar todos os componentes de forma magistral, usando todos os clichês e regras que eles aplicaram a sua narrativa, distorcendo alguns fatos e se mantendo na ideia de destrinchar tudo para quem acabou de entrar e também para os mais nostálgicos se sentirem em casa.
O último ato ascende a trama em um novo conceito que deve ser trabalhado com mais profundidade no futuro, onde ter uma protagonista que foge dos clichês de ser apenas a final girl que mata para sobreviver, mas com outros sentimentos em conflitos, aceitando suas origens. A revelação dos assassinos por trás da máscara (mantendo a tradição de ser mais de um) e suas motivações são de certa forma esperadas, mas não menos eletrizantes, e toda cena final é encaminhada de maneira que mostra que todos os lados estão em suas ótimas formas.
Em Pânico 6 temos o slasher em sua melhor forma, sem ser levado a sério, evidentemente como se deve ser. Com seus “monstros” invencíveis e tendo o ápice de seus “poderes” sem situações sobrenaturais. Nossos personagens enfrentam as situações onde podemos gritar “NÃO ENTRA AI!!” ou “NÃO ATENDE ESSE TELEFONE” e mantermos a tradição de torcer para que o nosso Ghostface querido da vez apanhe mais que um boneco de Judas no sábado de aleluia.
Em seu saldo final, Pânico se mantém como uma das melhores franquias do cinema slasher, com seu roteiro inteligente, personagens (e atores) cativantes e que entregam tudo. Com toda certeza, para muitos, esse novo capítulo é um top 3 fácil.
Nota: 9/10
Retomando a história dos sobreviventes do último massacre, com cada um buscando superar o que ocorreu de sua maneira, nossa herdeira do Billy Loomis (Skeet Ulrich), Sam (Melissa Barrera) enfrenta todos os demônios que a perseguem desde que descobriu suas origens, além de enfrentar acusações de ser a verdadeira autora dos assassinatos pela mídia. Tara (Jenna Ortega) tenta viver sua vida da maneira mais tranquila possível, sem se atrelar ao passado, junto com os irmãos Chad (Mason Gooding) e Mindy (Jasmin Savoy Brown).
Porém, é claro que esses tempos de aparentemente calmaria não iriam durar muito tempo, já que novos assassinatos começam a ocorrer e aparentemente esse novo Ghostface tem como objetivo incriminar a Sam a todo custo. Com a ajuda do detetive Bailey (Dermort Mulroney), eles vão enfrentar a todo custo essa nova figura que está muito mais sanguinolenta aqui. De adição ao grupo, temos a nossa querida e amada Gale Weathers (Courteney Cox), única do trio original a retornar aqui, e a agora agente do FBI, Kirby (Hayden Panettiere), sobrevivente do 4º filme da saga.
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(Foto: Divulgação/Paramount Pictures) |
Com altas doses de metalinguagem aqui, Pânico 6 mostra que ainda mantém o frescor da obra do gênio Wes Craven, que revolucionou o cinema de terror na década de 80 com A Hora do Pesadelo (1984) e novamente na década de 90, quando trouxe o primeiro capítulo da saga Pânico (1996). Desde sua primeira cena, a subversão de todas as regras da franquia foram utilizadas ao seu favor, com uma inversão de acontecimentos e uma das melhores aberturas dentre os seis filmes (e uma série). O humor ácido que sempre esteve presente em seus mais assombrosos momentos mantém o equilíbrio, mesmo em meios a facadas e tripas.
Samara Weaving, que já havia trabalhado com os diretores no ótimo Casamento Sangrento (2019), faz uma ótima primeira vítima e todo o desenrolar que acontece devido a sua morte fecha muito bem a cena inicial. Refazendo vários passos do segundo filme, eles conseguem elevar todos os componentes de forma magistral, usando todos os clichês e regras que eles aplicaram a sua narrativa, distorcendo alguns fatos e se mantendo na ideia de destrinchar tudo para quem acabou de entrar e também para os mais nostálgicos se sentirem em casa.
O último ato ascende a trama em um novo conceito que deve ser trabalhado com mais profundidade no futuro, onde ter uma protagonista que foge dos clichês de ser apenas a final girl que mata para sobreviver, mas com outros sentimentos em conflitos, aceitando suas origens. A revelação dos assassinos por trás da máscara (mantendo a tradição de ser mais de um) e suas motivações são de certa forma esperadas, mas não menos eletrizantes, e toda cena final é encaminhada de maneira que mostra que todos os lados estão em suas ótimas formas.
Em Pânico 6 temos o slasher em sua melhor forma, sem ser levado a sério, evidentemente como se deve ser. Com seus “monstros” invencíveis e tendo o ápice de seus “poderes” sem situações sobrenaturais. Nossos personagens enfrentam as situações onde podemos gritar “NÃO ENTRA AI!!” ou “NÃO ATENDE ESSE TELEFONE” e mantermos a tradição de torcer para que o nosso Ghostface querido da vez apanhe mais que um boneco de Judas no sábado de aleluia.
Em seu saldo final, Pânico se mantém como uma das melhores franquias do cinema slasher, com seu roteiro inteligente, personagens (e atores) cativantes e que entregam tudo. Com toda certeza, para muitos, esse novo capítulo é um top 3 fácil.
Nota: 9/10
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