Desculpe o transtorno, mas eu sofro da síndrome da impostora.


Eu sofro da síndrome da impostora.

Quando eu idealizei esse espaço de diálogo aqui no Clubinho, ele seria para me despir dos meus próprios julgamentos e apenas compartilhar pensamentos e obras que, de alguma maneira, me tocassem. Mas, chegou uma hora que eu não estava mais gostando do que estava produzindo. Escrever no automático pra mim nunca funcionou. Eu preciso que tenha propósito, do contrário não me serve.

E, em algum momento, a Desculpe o Transtorno parou de servir.

Eu não encontrava mais prazer em escrevê-la e, quando o fazia, era pela obrigação do compromisso. Até que, por conta disso, fui deixando faltar uma semana, duas... Até hoje, basicamente.

Mas eu voltei.

Voltei porque me sinto pronta pra dar vida a um novo formato, com novas conversas e as mesmas dicas de sempre, do meu jeitinho. Voltei porque ficar sem escrever é, pessoalmente, como se uma parte de mim tivesse morrendo – e ainda há tanto pra viver.

Mesmo quando a gente se perde, se a gente conhece o destino final almejado, fica mais fácil de se reencontrar. O nosso espaço continua nosso, mas a nossa conversa vai ser mais livre. Eu quero falar sobre cinema e televisão, mas eu quero falar sobre o mundo. Quero trazer minha opinião mesmo quando eu não saiba com o quê contextualizar, apesar de que nunca falta uma boa referência, né?

O problema é que eu tava me cobrando demais e ao invés de ajudar, estava atrapalhando. Então, chega de impor um limite que não me impulsiona e, pelo contrário, me aprisiona no lugar em que eu deveria ser livre.

Que de alguma maneira esse texto sirva pra te lembrar de fazer o que você quiser, do jeito que você quiser, contanto que seja feito com amor. Que ele te resgate o sentimento de que ainda existem coisas feitas para serem prazerosas e não apenas cumprir tabela.

Eu espero, do fundo do meu coração, que ele ressoe pra você do outro lado como um respiro e um afago de que a gente ainda não sucumbiu nesse mundo de perfeccionismo, prazos e obrigatoriedade. Que este seja o lembrete e a gente siga se permitindo ser livres e ter gostos, às vezes desgostos, mas sempre de acordo com a própria vontade.

Eu sofro da síndrome da impostora, mas aos poucos eu tô me libertando dela – e libertando ela.
1. O filme Shiva Baby, que está disponível no Mubi e é simplesmente maravilhoso. Sob a direção de Emma Seligman, acompanhamos uma jovem judia e bissexual vivendo uma comédia que beira à agonia. É um filme caótico, ansioso e que vai te divertir na exata medida em que te constrange. Juro, vale muito a pena dar uma chance.

Pra quem quiser, com o link do Clubinho você ganha 30 dias grátis na plataforma: https://mubi.com/t/web/global/UKP7QGO- 


2. O perfil @Cinemafilia, no Instagram. Fabiana Lima, a Fabi, conversa sobre cinema de um jeito muito leve. Além disso, ela sempre tem uma lista incrível pra compartilhar. Ah, inclusive, ela gravou com a gente sobre The Last of Us, se você ainda não ouviu, fica a dica. Ouça aqui!


3. O livro Manual de Assassinato para Boas Garotas, de Holly Jackson. É um thriller que tem de tudo, desde toques de humor até o romance – que, vocês sabem, eu não resisto. Fiquei envolvida com a leitura a todo momento e já estou ansiosa para seguir com os próximos dois livros da trilogia. Vem comigo!

Ps: falando em leitura, nós temos nosso próprio Clube do Livro. Quer fazer parte? Entra no nosso grupo no Telegram!


E, por hoje é só. Até a próxima! :)
Beatriz de Alcântara
Beatriz de Alcântara

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