EM CARTAZ: Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes é carta de amor aos fãs de RPG

(Foto: Divulgação/Paramount Pictures)

O filme Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes chega hoje aos cinemas nacionais. Com um elenco cheio de nomes conhecidos, a adaptação cinematográfica do clássico RPG de mesa é um acerto em meio a tantas frustrações: pode ser que você não saiba, mas essa é a quarta tentativa de transformar D&D em um live-action, e digamos que as três primeiras vezes não deram muito certo.

Quem é geek como eu já deve ter perdido as contas de quantas vezes já criamos expectativas com o anúncio de uma adaptação de um jogo ou série, só para sairmos extremamente decepcionados da sala de cinema. E eu nem vou me dar o trabalho de citar algum exemplo, eu sei que você já deve ter pensado em alguns. Mas, seguindo o hype estabelecido pelo sucesso de The Last of Us, Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes carrega consigo toda a nostalgia, diversão e referências que nós tanto amamos.

O enredo segue um quarteto de aventureiros desajustados e com passados trágicos: o bardo Edgin Darvis (Chris Pine), a bárbara Holga Kilgore (Michelle Rodriguez), o feiticeiro meio-elfo Simon Aumar (Justice Smith) e a druida tiefling Doric (Sophia Lillis) embarcam em uma jornada para reencontrar a filha de Edgin, Kira (Chloe Coleman), só para descobrir uma traição do antigo parceiro do bando, o ladino Forge Fitzwilliam (Hugh Grant), e um grande plano maléfico orquestrado pela maga Safina (Daisy Head). Ah, e é impossível deixar de destacar a participação de Regé-Jean Page como Xenk Yendar, um paladino que é uma clara referência aos NPCs (personagens não-jogáveis) superpoderosos que os Dungeon Masters amam inserir nas sessões.

Com tudo que uma campanha de RPG tem direito, o filme, dirigido por John Francis Daley e Jonathan M. Goldstein, não se preocupa em trazer personagens bem desenvolvidos, histórias profundas ou mensagens importantes. O objetivo, na verdade, parece ser simplesmente agradar os fãs com muitas referências e nostalgia - e o objetivo foi cumprido. Boa parte do filme se passa na cidade de Neverwinter, um local real na lore de D&D, os Magos Vermelhos de Thay, que estão por trás do plano de Safina, são vilões clássicos do jogo, sem falar na quantidade de feitiços e habilidades que qualquer um que jogou D&D vai reconhecer.

Dungeons & Dragons: Honra Entre Rebeldes tem mais pontos positivos do que negativos, mas se você não faz ideia do que é D&D provavelmente ficará perdido, pois o filme não explica alguns conceitos importantes. Já quem é fã do RPG vai sair muito feliz da sala de cinema e com a sensação de ter acabado de jogar uma campanha inteira em pouco mais de 2h.

Nota: 9/10