EM CARTAZ: The Flash (2023)

(Foto: The Flash/Warner)

Quando o filme do Flash foi anunciado no calendário da DC/Warner, a minha alma de fanboy simplesmente se tornou animadae, ao mesmo tempo, extremamente temerosa. Vindo em uma época onde os filmes de adaptações de histórias de heróis são o frenesi, me vejo tentado a afirmar que, diante do hype marvete, a Warner não produz filmes que se tornam sucessos imediatos. Tirando um ou outro, a aceitação de suas obras cinematográficas são agridoces – ou extremamente mal compreendidas (ou ruins mesmo).

Logo de cara, a animação maior seria pelo Ezra Miller, pois era um ator que vinha de papéis bons e com um carisma de milhões. Suas participações como o personagem Flash já haviam sido bem recebidas e só restava seu filme solo. Após o bom recebimento de filmes como Mulher-Maravilha (2017) e Aquaman (2018), agora era só aguardar os frutos vindos do nosso corredor favorito. Bem, não ocorreu como o planejado e durante esse processo o filme foi adiado diversas vezes, o universo da DC foi resetado, o ator principal se envolveu em milhões de polêmicas e o filme quase não via o nascer do sol. Mas finalmente veio aí.

Lançado em 15 de junho no Brasil, The Flash se mantém com o universo da DC compartilhado, trazendo relance de personagens de seus outros filmes. Adaptando a HQ de 2011, Flashpoint ou Ponto de Ignição, uma das mais famosas do nosso herói, o filme busca ser o mais fiel possível diante de suas limitações quando se trata de um arco gigantesco como esse. Quando Barry Allen (Ezra Miller) volta no tempo e muda um ponto crucial de sua vida, ele se vê diante de um efeito borboleta que mudará não só a sua existência, mas também a do mundo como conhecemos.

Ao se ver em um mundo onde não existe um Superman e que tudo o que ele conhecia virou de cabeça para baixo, nosso herói precisa descobrir como corrigir isso antes que o mundo todo seja destruído por uma ameaça que todos nós já conhecemos anteriormente. Com a ajuda de um outro Barry, de outra linha temporal e de um Batman/Bruce Wayne (Michael Keaton) desse mesmo universo, eles precisam encontrar onde o Clark Kent/Superman se encontra, para assim unir a Liga da Justiça contra esse mal.

Acontece é que nesse universo, o Barry da linha temporal principal acaba perdendo seus poderes e apenas o Barry dessa linha temporal tem os poderes, sendo um adolescente inexperiente e totalmente imaturo. Com um pouco de cuidado, e tentando ao máximo não mexer com as linhas temporais mais do que já fez, essa pequena liga se junta para tentar resolver os problemas que acaba aparecendo.

(Foto: The Flash/Warner)

Cheio de referências para os fãs da DC, seja das HQ’s, das séries de TV ou do cinema, Flash cumpre com a sua proposta de levar essa história às telonas. Para quem é fã, como eu, me senti cheio de emoção em vários momentos do filme. Mesmo diante de todas as polêmicas que esteve envolvido nos últimos tempos, Ezra Miller mostra que está muito confortável no papel e acrescenta em suas duas metades características únicas. Em um lado tempo um herói já calejado da vida, onde tudo o que ele precisa é uma família, mas parece que sempre acaba perdendo. Na outra, temos um Barry que teve tudo o que sempre o outro quis, mas não tem as responsabilidades, sendo o reflexo de um adolescente normal estadunidense. Além disso, é inegavel sua química com os outros personagens do filme.

Outro ponto de destaque (ou pontos), é a participação magnânima de Michael Keaton como o Batman, aqui o da adaptação de 1989 do Tim Burton, mais velho e vivendo sua vida longe do manto do homem morcego. Em conjunto com a participação da Supergirl (Sasha Calle), que brilha e passa bem a essência da Kara dos quadrinhos, sendo totalmente implacável e sem tempo para conversa. Uma ótima adição a trama.

Com a direção competente do Andy Muschietti, que tem em seu currículo os novos filmes da adaptação de It – A Coisa, ele entrega uma qualidade muito boa em suas representações de tempo e espaço. O maior ponto negativo, que vem chamando a atenção de todos, são os efeitos especiais, que sim, não são as melhores coisas do filme. Para quem é fã de CGI, e acha que essa função atrapalha na experiência, vai se sentir incomodado em alguns frames. Se isso não for o caso pra você, vai seguir em frente e apreciar o bom filme que lhe foi entregue.

O filme The Flash segue nos cinemas, e ainda não tem previsão de estreia na HBO Max, mas deve estar disponível no último trimestre de 2023, entre setembro e dezembro.


Nota: 8.5/10
Adan Cavalcante
Adan Cavalcante

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