
(Foto: Beatriz de Alcântara/Arquivo pessoal)
O romance e o trágico andam de mãos dadas desde o ínicio dos tempos. Você pode não esperar, mas, infelizmente, alguma coisa pode sempre acontecer e mudar o rumo de suas vidas. Tratar sobre ocasionalidades de forma real e dinâmica é uma coisa que pode ser agridoce, mas, quando bem trabalhada, encanta. Tratar o novelístico, o dramalhão, seja visual ou literário, traz com ele fórmulas já conhecidas, que da maneira certa podem entregar muito mais do que se imagina.
Em sua primeira publicação, Taylor Jenkins Reid traz em si já a essência que a acompanharia em suas outras obras. Com Para Sempre Interrompido, somos brindados com um romance explosivo, que desde seu início age de modo fugaz. Eleanor, ou Elsie como é mais conhecida, é uma garota com uma vida normal, que leva uma vida cotidiana, sempre compartilhando com sua melhor amiga. Ao conhecer Ben, tudo muda de uma forma intensa.
Em seus 20 e poucos anos, eles se casaram e estão vivendo uma relação apaixonante. Mas, uma tragédia muda tudo, quando com pouco mais de uma semana de casamento Ben morre de forma inesperada. Nossa protagonista se vê perdida, principalmente ao ter que lidar não só com a perda do seu grande amor, mas também com as pessoas ao seu redor e sua sogra recém-conhecida.
Durante as páginas, somos apresentados a toda essa curta, mas linda, história de amor. Reid nos faz questionar se é possível medir sentimentos com o tempo. Será que o tempo faz você amar mais? Conhecer melhor? Será que só teremos um grande amor em nossas vidas ou teremos amores diferentes? São questões da humanidade e Elsie começa a se questionar em toda a sua existência, suas relações e aprender a seguir em frente.
Ao trazer um romance como mote principal, Reid não esquece de abordar outras questões e com o recurso de flashback vamos conhecendo outros pontos da existência da Elsie. Sua vida no trabalho e sua relação com os pais, que não é das melhores. Também conhecemos sua amiga brasileira, Ana, que é totalmente o oposto da Elsie, apresentando embates interessantes e ajudando muito a amiga a se encontrar. Contudo, o ponto mais alto do livro, se trata da relação da nossa protagonista com sua sogra, Susan, uma mulher que vive a dor da perda pela segunda vez, ao ter seu filho tirado tão precocemente, ela perde toda sua família.
Inicialmente rejeitando a nora, Susan se mostra uma força da natureza. Ela está tentando sobreviver, mas a vida parece fazê-la lutar ainda mais forte. E com a personagem da sogra, é onde Elsie vai crescer como pessoa. Compartilhando a mesma dor, mas de formas diferentes, por vínculos únicos, ambas vão juntas descobrir como se ajudar. Claro que não seria apenas uma história de superação. Elsie esconde um segredo que pode fazer todo esse relacionamento vir por água abaixo.
Taylor vai costurando uma colcha de retalhos de maneira muito bem feita, principalmente se levar em consideração ser seu primeiro livro e o ano de seu lançamento, há mais de 10 anos. Algo que disse em outras resenhas literárias antes do grande jenkinsverse e o "quarteto das mulheres famosas", é que a escrita da Reid evoluiu muito com o tempo. Basta pegar esse livro e comparar com Carrie Soto Está de Volta, seu último lançamento. Sua essência está lá, mas ainda tem muita coisa que não representa sua linha de visão.
Para Sempre Interrompido é um romance clichê e nada além disso. Dito isso, é um romance que é gostoso de se ler, como aqueles filmes de sessão da tarde. Você pode não se apegar aos personagens, mas mesmo assim vai querer saber onde vai finalizar suas trajetórias. Pelo menos até o final da última página. Em sua história ela consegue prender o leitor, ainda que não marque tanto quanto suas obras seguintes.
Nota: 7.5/10
Para Sempre Interrompido é um romance clichê e nada além disso. Dito isso, é um romance que é gostoso de se ler, como aqueles filmes de sessão da tarde. Você pode não se apegar aos personagens, mas mesmo assim vai querer saber onde vai finalizar suas trajetórias. Pelo menos até o final da última página. Em sua história ela consegue prender o leitor, ainda que não marque tanto quanto suas obras seguintes.
Nota: 7.5/10
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