Enemies to lovers do jeito que a gente gosta: conheça Vermelho, Branco e Sangue Azul

(Foto: Divulgação)


Eles fizeram história. O príncipe Henry e o primeiro filho dos E.U.A chegaram na Prime Vídeo e quebraram barreiras, derramaram lágrimas e roubaram sorrisos sinceros. O filme Vermelho, Branco e Sangue Azul, baseado no romance de Casey McQuiston, chegou ao streaming na última sexta-feira, com roteiro e direção de Matthew López.

Cheio de humor, emoção e significado, o filme conta a história de amor do príncipe da Inglaterra, Henry, e o filho da presidenta dos Estados Unidos, Alex. Como todo enemies to lovers que a gente ama, os dois tem uma longa história de rixas entre eles. E tudo vai à tona quando, no casamento real do irmão mais velho de Henry, os dois acabam derrubando o bolo no meio da festa e causando uma baita cena. Para controlar os rumores que surgem na imprensa, os dois terão que passar um tempo juntos e convencer a todos de que são melhores amigos. A adaptação foi muito fiel ao livro, claro que não idêntica, e deu vida aos personagens tão amados e a essa história tão especial com muito carinho de todo o elenco e produção.

O longa estreou com 80% de aprovação do Rotten Tomatoes, e vem deixando seu nome nas redes desde então. Para os amantes do livro, o filme conseguiu capturar toda a essência da história. Taylor Zakhar Perez, nosso Alex, e Nicholas Galitzine, nossa alteza real Henry, nasceram para seus respectivos papéis. Eles deram vida ao Alex e Henry do livro da forma mais pura e real possível. Foi lindo assistir o filme e ver meus bebês do jeitinho que eu havia imaginado enquanto lia os livros.

É importante lembrar que o filme é uma adaptação, logo, não podemos ter tudo o que temos no livro, no filme. Houve algumas mudanças, algumas sutis e outras mais aparentes. Mas, na minha opinião, as alterações feitas pelo diretor e roteirista foram, além de necessárias, muito bem pensadas e bonitas.

É claro que senti falta da June, irmã do Alex, percebi as várias alterações feitas em ambas as famílias, como por exemplo o plot do vício da irmã do Henry que não estava no filme, dentre outras. Porém, esse é lance de adaptações, os livros possuem o luxo de ter um espaço para explorar cada mínimo detalhe e desenvolver personagens secundários com complexidade que os filmes não possuem. Essas alterações, por mais importantes que sejam nos livros, não alteraram o curso e nem foco principal da história do Alex e do Henry.

Enquanto alguns momentos do livro foram retirados do roteiro, outros novos foram acrescentados. E eu preciso falar: selo de aprovação da Amandinha! Cada momento inédito acrescentado à essa história durante o longa foi extremamente precioso e nos mostrou algo que nem sabíamos que estávamos sentindo falta nos livros. Um dos meus preferidos, sem dúvidas, foi o memento em que Henry entrega seu anel ao Alex, e ele entrega ao príncipe a chave de sua casa no Texas. Os dois entregam seus pertences mais significativos um ao outro, uma parte física deles, personificando o quão entregue eles estão um ao outro.

Matthew teve uma interpretação única e certeira da história de Casey. Ele adicionou ao filme parte do ponto de vista do Henry, que não tem no livro original. Ter o lado do príncipe, o sofrimento de angústia dele, foi uma aquisição muito especial para os fãs. E deu um toque especial ao relacionamento dos dois.

Senti falta do desenvolvimento do Alex se descobrindo bissexual, esse é um momento muito importante e marcante nos livros e deveria ter sido mais explorado na adaptação. Contudo, acho que a produção se redime um pouco por esse erro com a adaptação do momento em que o Alex conta para a sua mãe sobre a sua orientação sexual. Foi uma cena muito significativa e carregada de carga emocional. Ele deitado no colo dela, recebendo todo o apoio e amor da mãe. O impacta da fala “o B na sigla LBTQ não é uma letra muda”, trazendo a conscientização e respeito para a comunidade bissexual que é frequentemente invisibilizada.  

O longa é a visão e interpretação de uma história que FEZ história. É lindo, e emocionante, e fiel, e único. Tudo ao mesmo tempo. Vermelho Branco e Sangue Azul ocupou o coração de muitos jovens desde o seu lançamento, e vai continuar ganhando cada vez mais espaço, porque é isso que boas histórias fazem, elas têm o poder de te fazer sentir incluído em um mundo fantástico. E o primeiro filho dos Estados Unidos e a sua Alteza Real Príncipe Henry estão te convidando para um casamento real. Vamos lá?

Nota: 9/10
Amanda Furniel
Amanda Furniel

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